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Terça-feira, Abril 30, 2024

Pevidém: Clube Industrial festeja 90 anos de história

Economia

Não é um clube qualquer mas tem as bases e os fundamentos de uma associação marcada por valores éticos, de solidariedade, com objectivos sociais declarados.

Quando em 21 de Julho de 1933, começou como Grémio Industrial de Pevidém, com estatutos já reconhecidos no Governo Civil de Braga, e com as dificuldades de contexto – num mundo conturbado – com as guerra civil de Espanha e depois a 2ª grande guerra em 1945 – ainda assim o agora Clube Industrial de Pevidém (CIP) subsistiu pela força dos seus dirigentes.

Manuel Melo, actual presidente da direcção recorda “quantas canseiras e trabalhos sem fim tiveram os primeiros dirigentes” para erguer um clube e uma instituição de elite que nunca marginalizou o meio em que vivia.

De facto, o CIP ainda é hoje, um lugar especial que mantém as raízes da convivência entre os seus pares, frequentadores de diversas actividades sociais e culturais, apaixonados pelo tiro e pelas competições da modalidade decorrentes.

Foi esse espírito, de pertença, que fez com que o património material e imaterial, “conquistado a pulso e fruto de muitas vontades”, como evidenciou Manuel Melo, fosse crescendo.

Hoje, na área onde se instala o campo de tiro da Várzea, há espaço bastante para a prática desportiva da modalidade rainha do clube – o tiro aos pratos, um edifício onde funciona a sede com valências várias, um restaurante e mais recentemente um recinto de padel.

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O espírito que se vive naquele espaço verde ainda respira o que os seus fundadores lhe incutiram porque continua movimentado, é espaço desportivo e de convívio social, com predomínio da classe dos industriais mas aberto e tolerante a todos os estratos da sociedade.

Os títulos que os seus filiados conseguiram individual e colectividade é “um orgulho” do CIP mas também de Guimarães: são 117 sendo 79 obtidos a nível nacional e 38 em provas realizadas no estrangeiro.

Este palmarés “impressionante e notável” é uma herança que os dirigentes actuais recebem com “orgulho e responsabilidade”.

A história do Clube de Tiro de Pevidém também assim popularmente designado tem ao longo da sua vida um “exército” de campeões na modalidade, em provas de classe mundial realizadas fora do território nacional e mesmo no estrangeiro.

Há, neste grupo de vencedores campeões mundiais como Eduardo Jordão e outros mais jovens e mais recentes que trouxeram prestígio ao CIP pelo seu desempenho desportivo. Para além disso, o clube tem organizado frequentemente provas de tiro com armas de caça, de nível internacional reconhecidas, avalizadas e elogiadas pelas federações respectiva e seus filiados.

Aos 90 anos, o Clube Industrial de Pevidém não esquece os seus associados com mais de 50 anos de filiação, alguns dos quais marcaram presença na festa de aniversário.

Eduardo Jordão, Adelino Coelho Lima, Eurico Folhadela Marques, Jaime Pereira da Cunha, Jaime Paiva Areias, Francisco Coelho Lima, José Amílcar Carvalho, José Rogério Ribeiro, Manuel, Luís e Francisco Teixeira e Melo, Luís Freitas Castro, Abílio Correia Pimenta, Manuel Joaquim Oliveira, Óscar Jordão Pires e Jorge Ferreira Fernandes foram os homenageados.

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Adelina Pinto, representou a Câmara Municipal de Guimarães, e admitiu que “é sempre com prazer que volto cá”. Sublinhou ainda a vertente de responsabilidade social do clube e fez votos para que o CIP seja “um local de construção do futuro e de colaboração”.

Manuel Teixeira e Melo destacou “a especial simpatia e afeição” que a vice-presidente nutre pelo clube e o facto de um representante do poder autárquico “reconhecer o trabalho desenvolvido pelo clube, ao longo de várias décadas, em prol do desporto e da divulgação da cidade e concelho de Guimarães, da sua história, da sua realidade e da maneira afável de bem receber, das suas gentes”.

Nas comemorações destes 90 anos, estiveram presentes, também os presidentes da Assembleia e da Junta de Freguesia de Selho São Jorge, José Campos e António Ribeiro, respectivamente.

Igualmente a Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça, pelo seu presidente, também não faltou a este evento, um clube prestigiado no seio desta organização de clubes de tiro.

O professor Lopes Cordeiro, da Universidade do Minho, foi às catacumbas da história do Clube Industrial recolher dados para uma conferência em que destacou o CIP como “uma instituição de elite”.

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© 2023 Guimarães, agora!


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