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Segunda-feira, Abril 29, 2024

CDU: Balanço da actividade autárquica municipal

Economia

A coligação PCP/PEV fez hoje, dia 11, um balanço do primeiro ano de mandato autárquico, assim como do trabalho realizado e da situação política local.


Faz amanhã, dia 12 de Outubro, um ano da tomada de posse dos órgãos autárquicos municipais em Guimarães. A CDU realizou, em função disso, um levantamento do que tem e não tem vindo a ser feito, alegando ser este “um balanço negativo” pois “muitos dos problemas perduram e alguns adensam-se” ainda que haja “condições e meios para responder aos problemas da população”

Torcato Ribeiro, membro da Assembleia Municipal de Guimarães e Mariana Silva, membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, participaram na conferência de imprensa que, entre outros temas, se centrou fundamentalmente em três tópicos: Habitação, Mobilidade e Ambiente. 

Quanto à habitação, foram abordados dois assuntos em particular, sendo o primeiro o de muitos jovens se verem “obrigados a permanecer na casa dos pais, outros optam por não constituir família, muitos são obrigados a escolher alugar casa longe do seu local de trabalho (aumentando consideravelmente as suas despesas mensais) porque as rendas das casas estão descontroladas e inflacionadas”. No caso dos universitários, a CDU acusa do PS de “continuar a falhar aos estudantes do ensino superior, que são obrigados a desistir dos cursos que escolheram porque não há resposta de residências universitárias, e a Câmara nada faz para atenuar essa realidade.”

“Quando é que irão avançar as obras que as habitações necessitam no interior devido à humidade”.

Acrescentam que “o programa 1º Direito vem tarde”, programa que visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas. A este propósito, referem a situação da requalificação do Bairro da Emboladoura, “cujos moradores foram chamados, mais uma vez, a apresentar documentos para acesso ao subsídio das obras no exterior”, somando, ainda, as dúvidas em relação a “quando é que irão avançar as obras que as habitações necessitam no interior devido à humidade e a consequência das mais de 50 casas vazias/abandonadas.”

No que diz respeito à mobilidade, para além da menção do PART (redução do custo do passe social e alargamento do seu âmbito) que “ainda não chegou a todos os municípios, designadamente Guimarães”, voltou a trazer-se à mesa as questões da intermodalidade, a ligação aos municípios do quadrilátero e à área metropolitana do Porto. No tema ferroviário, apontam que “o executivo camarário pouco faz para que seja reposto o serviço Alfa”, ou para que seja implementado mais um horário Intercidades, “que ligue Guimarães a Lisboa”.

Torcato Ribeiro e Mariana Silva. 📸 Direitos Reservados

“Continua a marcar passo a decisão sobre a ligação entre Guimarães e Braga. Hoje, mais a propósito da anunciada linha de alta velocidade do que propriamente para resolver os problemas de mobilidade dos vimaranenses e de quem cá vive e trabalha”, criticam os representantes da CDU. Adicionam, ainda que, no passado, “essa proposta foi colocada nos órgãos locais e na Assembleia da República pela CDU” e o PS e PSD “votaram contra e até a ridicularizaram”, mas que agora “querem convencer os incautos de que a ideia é consensual desde sempre”.

Por último, relativamente às questões ambientais, a coligação denuncia a “falta de comunicação e de participação da comunidade na construção da nova candidatura a Capital Europeia Verde”. Apontam, no entanto, como positivo o facto do “trabalho do Laboratório da Paisagem ser apresentado numa das superfícies comerciais do concelho”, por permitir aos cidadãos tomarem conhecimento do que está a ser feito. 

Ainda sobre o ambiente, reprovam o facto da campanha dedicada à gestão dos recursos hídricos, em tempo de seca, continuar a “apontar o dedo para o consumidor de forma errada”. Enumeram, ainda, diversas áreas relacionadas com a matéria ambiental, entre elas: a gestão dos resíduos, “uma das áreas que teve menor pontuação na primeira candidatura”; as bandeiras azuis para as praias fluviais que “teimam em não aparecer”; os parques verdes por todo o concelho que, segundo os representantes, “dependem da sensibilidade das Juntas de Freguesia”; o bem-estar animal, alegando que este “continua em segundo ou terceiro plano das prioridades do executivo de maioria PS” e, por último, os planos de eficiência energética de alguns edifícios da responsabilidade do município que “continuam sem ser aplicados”.

Os representantes terminam o balanço com uma última nota à maioria do PS: “Continuamos assim, passado um ano, no caminho dos diagnósticos repetidos e dos anúncios que não se sabe se terão possibilidade de ser realizados, mas mesmo assim a opção é prometer.”

📸 Direitos Reservados

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