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Segunda-feira, Abril 29, 2024

Vitória: tanta emoção e sofrimento numa igualdade sem golos

Economia

O Paços de Ferreira lutou para ganhar e acabou a defender o empate que premeia o seu esforço e empenho, num jogo com tanta emoção.

O Vitória não soube como reagir aos calafrios e incómodos do seu adversário desta tarde. 

Num jogo animado e com uma ponta final imprópria para cardíacos, o resultado premeia e castiga as duas equipas.

Já se sabe há muito que o Paços joga à bola e a sua posição na tabela mais uma vez ficou demonstrado que não condiz com a actuação dos seus jogadores e o futebol que mostram em campo.

E tinha a lição bem estudada nesta “aula” em Guimarães. César Peixoto queria pontuar e ousou lutar para ganhar. Mesmo reduzido a 10, ainda teve um remate violento que Celton Biai defendeu levando a bola a bater com estrondo na trave.

Um lance que causou um arrepio enorme no Vitória que sabia que o empate era um mal menor.

Notou-se, mais uma vez, que a equipa de Moreno Teixeira não se dá bem com o futebol organizado, de contra-ataque, que os adversários tendem apresentar no Estádio D. Afonso Henriques como regra e não como excepção.

Não fora o Paços ter avançados perdulários e o resultado já teria sido diferente na 1ª parte em que Celton Biai evitou o pior.

📸 LPFP

Apesar de tudo, foi o adversário do Vitória que foi para os balneários com a sensação de que podia ir mais longe pois teve as oportunidades mais flagrantes.

A simplicidade de processos, a velocidade, a troca de bola deixava atordoada o Vitória sem soluções para dar a volta ao jogo e impor um estilo que parece perdido ou adormecido. De facto, o bom futebol que a equipa vitoriana apresentou esta época já teve dias melhores.

O Vitória tem na posse de bola, um item que não contribui para o índice de produtividade, medido através de golos. Nem a posse, nem o número de remates, nem os cantos marcados a seu favor, modificam a prestação colectiva. 

A este domínio sucedem-se oportunidades não concretizadas, qual produto de um futebol de pequenos passes, mais centrados no eixo da defesa, a velocidade baixa em transições, a inoperância no ataque, que torna inconsequente a exibição da equipa. O pior é o que vem depois, já que os adversários conhecem este sistema de jogo e surpreendem jogando entre a defesa e o guarda-redes.

Sobretudo, o que se tem visto é que os adversários gostam de jogar no D. Afonso Henriques e perdem o medo e afrontam e enfrentam o Vitória como se um vulgar adversário se tratasse.

A emoção e o sofrimento sucederam-se a um período em que o Paços de Ferreira mostrou melhor organização e eficiência colectiva, defendendo bem e atacando melhor, perdendo apenas na qualidade do último remate onde os seus avançados mostraram incompetência. E com alma jogou até ao fim.

E o Vitória mostra morrer, cansado, no labirinto do seu futebol que parece não ter porta de saída.

E assim perde pontos frente a adversários que não são do seu campeonato

Na 2ª parte, o melhor veio quando Marafona (76’) viu um cartão amarelo por atrasar a reposição de bola. Protestou e tentou ripostar dizendo que Celton Biai havia feito o mesmo. O árbitro não gostou e exibiu o vermelho directo.

A jogar com 10, o Vitória fez um último esforço para marcar. Mas foi falhando à boca da baliza, em cruzamentos que não deixaram o Paços vacilar.

O Paços deixou de lutar para ganhar e passou a encarar o empate como um bom resultado.

A pressão vitoriana não resultou e o empate serve às duas equipas porque ambas somam um ponto, num jogo em que o sofrimento se alia à emoção no D. Afonso Henriques.

O Vitória alinhou com: Celton Biai, Miguel Maga, Tounkara, Mikel, Afonso Freitas (Rúben Lameiras 79’), Tiago Silva (Nicolas Janvier 62’), Tomás Händel, Dani Silva, Jota Silva (Johnston 55’), André Silva, Alisson Safira (Anderson Silva 62’).

Amarelos: Tiago Silva (40’), Alisson Safira (46’).

📸 LPFP

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