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Sábado, Abril 27, 2024

Guimarães Jazz: a noite mágica de Dianne Reeves

Economia

A americana de Detroit e que cresceu como artista em Los Angeles, deixou a sua marca forte num dos momentos mais vibrantes da história do festival de Jazz.


Foi um verdadeiro encanto ouvir Dianne Reeves. A dois – num dueto com o guitarrista Romero Lubambo – ou a cinco juntando  o contrabaixo Ruben Rogers, o pianista Edward Simon e o baterista Terreon Gully.

“Que noite” – disseram os que já conheciam o repertório de uma cantora popular. E muito bem porque o que se dizia sobre as influências e ligações musicais de Reeves, herdeira de um legado de vozes poderosas como Luis Amstrong

Nina Simone e Ella Fitzgerald, acabou estampado no seu espectáculo.

Também os que a viram, pela primeira vez, ao vivo, não pouparam nos elogios e nas palavras, satisfeitos por este momento de magia que se viveu, ontem, em Guimarães.

Poucos, muito poucos, não deixaram de abanar a sua cadeira, nesta ou naquela música, porque Dianne levantou um pouco o véu das emoções que a sua interpretação provocou.

De facto, a night magic, como ela descreveu o seu espectáculo – justificada também na interligação com o público, fez com que todos tivessem deixado o auditório Francisca Abreu com aquele “soube a pouco”.

📸 Paulo Pacheco

Certamente, se tal fosse possível, poucos abandonariam o Centro Cultural Vila Flor se a proeminente vocalista do jazz contemporâneo norte-americano ali se mantivesse a cantar noite e madrugada dentro.

A simplicidade da artista, a competência da sua equipa de músicos, conquistou o público. A sua forma – já habitual – de saudar o público a cantar – tal como aconteceu no final quando se despediu da audiência que soube conquistar, evidencia também um lado humano da cantora, que se notou com um contar de pequenas histórias quando se preparava para deixar o palco.

Sê humano – disse ela aos homens e mulheres que encheram as plateias e lotaram o auditório, num sinal de que a vida ainda vale a pena ser vivida para além da guerra e dos conflitos entre homens e países.

As suas músicas e a forma como as interpretou, a sua orquestra, todos foram credores de um tributo da assistência que se despediu dela, de pé, e com um demorado bater de palmas, qual aplauso gracioso e espontâneo que premeia uma artista que não deixou ninguém indiferente à sua performance.

O Guimarães Jazz 2022 começou da melhor maneira, com um espectáculo soberbo, com  amantes de Jazz, muitas caras desconhecidas – de gente de fora que veio à capital da nacionalidade para viver um bom espectáculo e uma noite jazzística ímpar – quiçá que só Dianne Reeves podia proporcionar.

A sua voz doce e, por vezes, vibrante e firme, os temas que escolheu, as variações que fez entre tons suaves – executados a duo com o guitarrista Romero Lubambo – e mais fortes – com todo o quinteto – , construídos em “heiaa’s”, e outros trocadilhos  linguísticos que ilustraram bem as suas canções, deixaram saudades, até na forma como se despedindo cantando um “Good Night”

📸 Paulo Pacheco

© 2022 Guimarães, agora!


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