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Sexta-feira, Abril 26, 2024
Sérgio Gonçalves
Sérgio Gonçalves
Licenciado em engenharia de sistemas informáticos pela UMinho e doutorado pela Universidade de Vigo na área de sistemas inteligentes e inteligência artificial. Foi adjunto do gabinete de apoio à vereação na CM de Guimarães entre 2013/2021 com responsabilidades nas áreas do desporto, desenvolvimento económico, modernização administrativa e sistemas de informação com relevância em temáticas como as cidades inteligentes e digitalização. Presidente da ADCL, entidade que tem uma elevada contribuição para o desenvolvimento social do vale de S.Torcato e de todo o concelho de Guimarães.

30 днів непорозумінь і страждань від війни. ні війні *

Eis que o mundo mudou, ou repentinamente temos mais uma nova realidade. Pensarmos que saímos de uma pandemia que limitou a nossa liberdade, mas entramos em mundos que julgávamos ultrapassados.

Não!!! Simplesmente NÃO. A guerra não é o caminho, não é solução. Com ela todos perdemos, nós que estamos geograficamente distantes e, principalmente, aqueles que sofrem a cada minuto os horrores de sentirem o medo e a ansiedade de não terem perspetivas de vida, perder a esperança.

É aqui que devemos centrar o nosso pensamento. Como será viver sob o receio de que não consigamos sobreviver a mais um dia?

Estamos desde 24 de fevereiro de 2022 perante uma regressão de gerações no respeito pelos valores civilizacionais que tantos de nós defendemos e valorizamos. E será aqui a nossa maior falha. Teríamos dado por adquirido um futuro de paz permanente, de conforto e modernidade descurando os sinais que sempre estão à espreita.

Sinais que tendemos a ignorar, como a normalização de certas políticas que no passado existiram e que vemos renascer sob a capa de partidos que achamos serem “normais”. Temos a responsabilidade de rebater e defender a democracia, de recusar valores negativos como o racismo e xenofobia. É um alerta que a todos nos diz respeito, não podemos ignorar e ter uma atitude complacente.

Devemos reforçar o apelo ao respeito pelos direitos fundamentais e abrir portas de diálogo.

Chegados a este momento de guerra, e de extremar de posições, sem esquecer aqueles que sofrem os horrores da guerra, devemos reforçar o apelo ao respeito pelos direitos fundamentais e abrir portas de diálogo. Não nos entrincheirarmos nas nossas posições de forma inamovível e recusar todos os pontos de vista que consideremos contrários.

O que devemos ter em perfeita consciência, é que teremos, também nós de abdicar de muito do nosso conforto, e lutar pela democracia.

Importa recordar, não querer reescrever a história e não apagar da nossa memória os horrores da 2ª Guerra Mundial. Momento trágico em que tantos perderam a vida às mãos de tiranos.

O olhar positivo deve estar presente, sendo sempre difícil perante as imagens que diariamente nos são apresentadas. A guerra atinge todos desde o berço até aos séniores.

Imagens trágicas de maternidades atingidas, maternidades criadas em locais que nunca imaginaríamos. Ataques a idosos que tanto respeito nos merecem, pois são portadores de experiência de vida que não devemos desrespeitar.

“Se não acabarmos com a guerra, a guerra acabará connosco”, Henry Gordon Wells.

A guerra é um enorme e claro erro que não traz futuro e esperança. É necessário fazer a paz.

Numa outra perspetiva, temos finalmente um governo após eleições que já decorreram em janeiro, não existem argumentos para adiamentos do futuro do país, do futuro de uma sociedade que anseia por reformas e esperança perante todos as dificuldades que os portugueses têm e terão de enfrentar. Sejamos exigentes e responsáveis. Desde o nosso pequeno círculo de relações, até à dimensão nacional.

* tradução do ucraniano: “30 dias de incompreensão e sofrimento de uma guerra. Não à guerra”

© 2022 Guimarães, agora!


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