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Segunda-feira, Maio 6, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

E depois dos 100… o que aconteceu?

…Mulheres e homens, de todas as idades e condição social, continuaram a aderir à causa vitoriana, com o mesmo sentimento de pertença, dos seus pais e dos seus avós.

Muitas vezes, como diz a canção com letra de José Niza e música de José Calvário, que foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12ª edição do Festival RTP da Canção, do qual sairia vencedora e que teve um eco enorme na madrugada do 25 de Abril, fazem-no “Em silêncio, amor/ Em tristeza e fim /Eu te sinto, em flor /Eu te sofro, em mim”.

Sim, a paixão é enorme durante toda a experiência de sócio, sentida numa vida inteira. Os mais novos certamente dirão, na sua adesão e filiação ao Vitória, “quis saber quem sou, o que faço aqui…”.

Porque mesmo no berço, a sua identidade germina e cresce.

Porém, no seu percurso, de sócio, podem dizer “quem me abandonou” mas nunca soletrarão “de quem me esqueci”. Porque mesmo no berço, a sua identidade germina e cresce e a sua fé e devoção há-de manter-se por toda a sua vida.

Foi isso que mais uma vez se viu, no D. Afonso Henriques, na semana passada, quando vitorianos, de ambas os sexos, receberam com orgulho, as medalhas de 25 e 50 anos.

Naquele acto, explica-se como o Vitória foi crescendo na sua base de apoio social que eleva a sua força moral, sempre cada vez mais, com o mesmo ritual e a mesma fé de que ser vitoriano é tão só uma outra faceta dos vimaranenses, depois de Afonso. 

Os com mais idade, mesmo de cadeira de rodas, impossibilitados fisicamente, ainda mostravam a força moral que os anima, um quarto ou meio século depois de se terem tornado membros de um clube que não morre, para lá das vicissitudes que atravessa.

Sim, registam os livros de que o número de sócios cresce em qualidade e quantidade, de que há uma semente permanente que se renova e torna perene o sentimento vitoriano que passa de geração em geração, todos os dias e através do tempo.

É um “perguntei por mim”, no momento de decisão na hora de preencher a ficha. Mais tarde, outros dirão “quis saber de nós”. Mesmo depois dos 100…

Ainda que no campo – relvado – muitos se preocupem em querer, repetidamente, prejudicar o Vitória, no plano desportivo, eles continuarão a ser muitos.

Tal como outrora, os vitorianos não desistem, reerguem-se a cada ciclo de crise, por contingências diversas, incluindo aqueles que os podiam servir melhor – se servem e tiram partido, do mandato que as sucessivas maiorias, de sócios votantes, lhes confiam a gestão dos destinos do clube.

Ao longo da sua vida, a sua ligação ao Vitória não é questionável. Muitos poderão até cantar “em silêncio, amor/ em tristeza e fim/ eu te sinto, em flor/ eu te sofro em mim”. E persistem…

No entanto, em cada Setembro, o espírito vitoriano eleva-se ao ver desfilar, no estádio, numa qualquer sala de espectáculos, os homens e mulheres, quais herdeiros da imensa fortuna que é pertencer a um clube, sem fim à vista, que vai erguendo as suas bandeiras, defendendo os seus valores, lutando por melhores posições no plano desportivo.

Os sócios, esses estão há muito à espera do respeito de quem exerce a função de administrar a causa vitoriana, de quem espera sempre mais e melhor. Contudo é desses que os sócios ouvem promessas, repetidamente, “mas o mar não me traz a tua voz”

© 2023 Guimarães, agora!


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