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Segunda-feira, Setembro 16, 2024
Rui Almeida
Rui Almeida
Vice-presidente da Juventude Socialista. Empresário na área do Salvamento Aquático e Formação Certificada.

Excel ou pessoas?

Vivemos numa era dominada pelos números. A economia é medida em percentagens, o sucesso avaliado por resultados trimestrais, e até o nosso bem-estar é quantificado em gráficos e tabelas. Mas e se, em vez de discutirmos números de Excel, discutíssemos pessoas e o seu bem-estar enquanto comunidade?

Imaginemos uma reunião de trabalho diferente. Em vez de gestores focados em metas de produtividade e maximização de lucros, teríamos uma discussão centrada nas histórias por trás dos números. Cada célula de uma tabela representaria a vida de um colaborador, com suas aspirações, medos e sonhos. E se o debate fosse sobre como melhorar a vida dessas pessoas? Como criar um ambiente de trabalho onde cada um se sentisse valorizado e realizado?

Na escola, a transformação seria igualmente profunda. Os professores discutiriam não apenas as notas dos alunos, mas o seu bem-estar emocional e social. A prioridade seria ajudar cada criança a encontrar o seu lugar no mundo, desenvolvendo paixões e tornando-se cidadãos conscientes. A preocupação com o sucesso académico não desapareceria, mas seria equilibrada com um foco genuíno no desenvolvimento integral dos alunos.

Na esfera pública, a mudança de perspetiva seria revolucionária. Políticos muitas vezes vangloriam-se de números que mostram crescimento económico, redução do défice ou aumento das exportações. Mas e se, em vez disso, os discursos se concentrassem em garantir habitação digna para todas as famílias, educação de qualidade para todas as crianças e inclusão social para todos? E se a métrica do sucesso governamental fosse a felicidade e o bem-estar da população?

Discutir pessoas e o seu bem-estar significa colocar as necessidades humanas no centro das decisões. Trata-se de entender que os números, por mais impressionantes que sejam, só fazem sentido quando servem para melhorar a vida das pessoas. É redefinir o sucesso, não apenas em termos económicos, mas em termos de qualidade de vida, justiça social e solidariedade.

Ao invés de debater fórmulas e estatísticas, deveríamos debater ideias e soluções.

O verdadeiro progresso reflete-se em sorrisos, em comunidades unidas e solidárias. Ao invés de debater fórmulas e estatísticas, deveríamos debater ideias e soluções que promovam a dignidade humana. Precisamos de líderes que enxerguem além dos números, que sejam capazes de ouvir, compreender e agir em prol do bem comum.

E se começássemos hoje? Se cada um de nós, no seu papel de gestor, educador, político ou cidadão, decidisse colocar as pessoas no centro das suas preocupações? Talvez, ao fazê-lo, descobríssemos que um mundo mais justo, mais humano e mais feliz é possível. Afinal, os números só fazem sentido quando servem para melhorar a vida das pessoas.

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