Celebramos 47 anos da revolução do 25 de abril, um dia conotado pela conquista da liberdade e pelos direitos de cada indivíduo. 47 anos de liberdade, mas serão suficientes?
Questiono-me nos dias de hoje se essa liberdade tem andado na sua plenitude nos tempos que vão correndo. E como esta liberdade é percecionada por aqueles que não a viveram, os jovens.
Pretendemos olhar o Futuro com esperança, integrados e participativos nas decisões da nossa comunidade, suportados por uma formação de qualidade que permita uma integração no mercado de trabalho, a valorização da meritocracia e a liberdade nos projetos e lutas por causas que promovem a cidadania, a solidariedade, a igualdade, enfim, o desenvolvimento dos valores humanistas.
Não é fácil, nos dias de hoje, ser jovem nesta sociedade construída por abril. Juventude é otimista, voluntarista, solidária e dedicada e, também, poucas vezes considerada para construir um Futuro que igualmente lhe pertence, seja a nível local, concelhio ou nacional.
Como podemos acreditar, mesmo otimistas, quando, apesar de qualificados (chamam-nos a geração mais qualificada), nos deparamos com a emigração ou carreiras profissionais baseadas em estágios, formações, que não dignificam social e economicamente o trabalho?
Como podemos construir a nossa vida, numa emancipação cada vez mais tardia, se a habitação é uma miragem e não encontramos, especialmente em Guimarães, políticas que promovam a fixação dos jovens, com rendas mais acessíveis e passíveis de ser o início de uma vida independente?
Como podemos entender que a vida pública pode ser feita de carreirismos, promiscuidades, gabinetes e familiaridades, não criando o necessário rigor e transparência tão determinantes em sociedades europeias mais democráticas e, que para nós, são um modelo de desenvolvimento de referência. Tudo isto traz o que menos nos orgulha, a corrupção, em diferentes níveis e com protagonistas de diferente responsabilidade, mas que seguramente não é o exemplo da sociedade de abril que os jovens querem construir e, seguramente, repudiam.
Têm os jovens tomado dianteiras em temas determinantes: a transição ecológica e a transição digital. A construção de tempos em que o meio ambiente conta, a sustentabilidade e diversidade sejam preocupações constantes e se construa um Mundo mais equilibrado, cuidado e justo. Uma transição digital que utilize a Inteligência Artificial, as Novas Tecnologias como forma de valorizar a qualidade de vida do cidadão, integrando todos no objetivo de uma maior eficiência e otimização de recursos.
Por tudo isto, queremos intervir. Queremos fazer parte de abril. Um abril que nos diga muito mais que discursos e marchas, onde nem todos podem se incluir, e crie valor, desenvolvimento, solidariedade e sustentabilidade.
Um abril de cultura, de conhecimento, de inovação. Um abril de democracia, transparência e valores. Um abril dos jovens para todos, jovens e não menos jovens. Por isso, também queremos e vamos participar nos momentos decisivos para Guimarães e para Portugal.
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