O centro histórico e a sua dinamização!
Estamos em condições de muito brevemente fazer a proposta de classificação do centro. Vai ser enviada como proposta provisória para a Unesco. O centro histórico ainda se está a reabilitar. Há muitas placas de obras? Há algum impulso, de intervenções, numa zona onde passou a existir uma ARU, o que é bom, e também facilita o acesso aos instrumentos financeiros, mas todos devem ter presente que o centro histórico classificado é um monumento nacional, enquanto conjunto e nada pode ser feito que vá contra a sua preservação.
E rever o seu regulamento?
A prazo, para tornar as coisas mais claras, sobre restrições que são impostas. Diz-se muitas vezes que é difícil intervir no centro histórico e é. As dificuldades são conhecidas e não vão mudar porque vão no sentido da sua prevenção. Temos de ser conservadores e rigorosos nesse sentido. No que respeita à área envolvente as regras têm de ser clarificadas, a Zona Especial de Protecção, não é uma área classificada. É preciso qualificar que tipo de intervenções são admissíveis. Tentar ligar tudo para uma resposta mais completa possível. Há intervenções complementares na cidade, na zona da Cruz de Pedra, com a abertura de uma nova via atrás do mercado, na zona da ex-Premali que vai suportar alguns intervenções urbanísticas, como uma rua para peões e bicicletas.
A ARU de Azurém…
Com que critério foi definida a Área de Reabilitação Urbana de Azurém? O critério essencial foi incorporar um conjunto de zonas onde há transformações significativas, que estão fora da área convencional da cidade e da variante e o conjunto de terrenos onde estão a acontecer alguns processos. Terrenos com possibilidades de materialização de novas operações urbanísticas, consolidar espaços que estão a ser preenchidos. A transformação do edifício da ex-Gabel em residência para estudantes, numa zona “periférica” da cidade, cuja ligação privilegiará os meios pedonais e cicláveis, aproximando a Universidade a este espaço, só depende de algumas ruas que terão essa função de ligar. A reabilitação que se fizer nesta área, melhorará o espaço público e a construção existente, com a possibilidade de utilizar instrumentos financeiros disponíveis. Pretendemos que desse lado de Azurém, para lá da circular, se consolide um processo de transformação já visível.
Balanço das restantes ARU’s?
Está a ser feito um balanço das ARU’s de Caldelas, Ponte e Pevidém. Algumas evoluíram para ORU’s, como as da cidade, para operações mais consolidadas. Os efeitos destas classificações no território da cidade e das vilas tem motivado pedidos de privados que pretendem ter acesso aos financiamentos do IFFRU. E sabemos quão importante é que a reabilitação urbana seja assumida pela iniciativa privada.
Balanço como vereador?
Não faço balanços. Só no fim. Mas sempre podemos olhar para a cidade de uma maneira mais substantiva tendo o espaço público como elemento fundamental nas operações urbanísticas que se realizam e o aumento da densificação das estruturas urbanas existentes. Se for só isto já não é mau.
Cansado da política?
Não estou cá propriamente para descansar. Já sabia que era envolvente, exigente e desgastante. Estamos aqui para isso. E aqui o trabalho nunca está todo feito.
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