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Sábado, Outubro 12, 2024

Simpósio têxtil: Siza Vieira diz que há apoios para empresas exportadores

Uma linha de crédito no Banco de Fomento, formação profissional e apoio à manutenção do emprego são algumas medidas anunciadas para as empresas exportadoras.


O Ministro da Economia, Siza Vieira, anunciou esta tarde, durante o Simpósio Têxtil, promovido pela ATP, um conjunto de medidas que vão merecer o apoio dos empresários do sector têxtil, uma vez que vão de encontro às suas reivindicações.

Uma delas diz respeito à fiscalização do cumprimento de normais sociais e ambientais por parte das empresas de países concorrentes que “invadem a União Europeia com os seus produtos”. Siza Vieira prometeu criar um ambiente favorável entre os 27, de modo a dar à indústria europeia possibilidades de concorrer com países que colocam o preço em primeiro lugar e como factor de competitividade maior. A ser concretizada, esta medida pode contribuir para acabar com a concorrência desleal de que o sector têxtil exportador tanto se queixa, pelos prejuízos que causa às empresas portuguesas.

“O Banco Português de Fomento vai lançar uma nova linha de crédito às empresas exportadoras especialmente pensada para as indústrias de trabalho intensivo…”

No que toca aos problemas de tesouraria que afligem as empresas, o Ministro da Economia anunciou que “o Banco Português de Fomento vai lançar uma nova linha de crédito às empresas exportadoras especialmente pensada para as indústrias de trabalho intensivo, permitindo conceder crédito em função do número de postos de trabalho das empresas e com a possibilidade de converter 20% do valor do crédito em subsídio a fundo perdido no final de 2021”.

O Governo tem outras soluções em mira, no leque de apoios que as empresas precisam para enfrentar a actual conjuntura. A formação profissional pode ser uma delas. No Orçamento Geral do Estado, aprovado na Assembleia da República, constam também medidas de apoio à manutenção do emprego que vão ser prolongadas até ao final do terceiro trimestre do próximo ano.

Uma melhor articulação entre Governo e empresas foi reconhecido por Siza Vieira como forma de criar mecanismos de resposta à pandemia, garantindo que os acordos comerciais com países terceiros vão ser fiscalizados de modo a garantir o cumprimento das suas regras.

“O trabalho constante e o diálogo sempre articulado com as associações representantes do sector” vai ser a pedra de toque das relações com o mundo económico, acreditando que “apesar das dificuldades, as empresas têxteis vão ultrapassar este momento difícil”, uma vez que há muito que apostaram, “na qualidade do serviço, na flexibilidade da oferta e na resiliência” da sua gestão – concluiu o Ministro da Economia.

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