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Quarta-feira, Abril 24, 2024

Vitória: ciclo infernal de cinco derrotas consecutivas…

Economia

Uma maldição desportiva caiu sobre a equipa do Vitória que perde há cinco jogos consecutivos e sob o comando de dois treinadores.


A quinta derrota consecutiva do Vitória só surpreende os mais distraídos, da realidade do futebol português e do Vitória. Nos cinco jogos que marcam este período de insucesso desportivo, o Vitória nunca foi superior aos seus adversários. Pode até ter dado um ar da sua graça, com o Sporting por exemplo, mas mesmo assim, a característica da equipa não mudou. O Vitória acumula problemas no ataque e na defesa que o número de golos marcados (3) e sofridos (13) podem explicar e justificar o que se está a passar.

Numa fase da época, em que se começam a tomar decisões, o Vitória é a equipa mais instável pelo sistema de jogo que utiliza, pela forma dos seus jogadores. E tem defrontado adversários com objectivos claros e ambiciosos, seja no topo da tabela, seja na zona da manutenção. E estão mais organizados e concentrados nos seus objectivos.

© VSports

Em Portimão, o Vitória defrontou uma nova equipa que sabe jogar, tem um sistema adaptado à sua equipa principal, uma estratégia de jogo clara e uma vontade forte dos seus jogadores em fazer o melhor possível.

O que se tem notado desde o jogo com o Braga que iniciou este ciclo, é que o Vitória não mostra saber o que fazer à bola, não tem plano B, insiste em ter posse bola quando o que precisa é de concretizar as oportunidades que lhe surgem. E não cometer erros na defesa, tão inocentes quanto sinais de incompetência.

O primeiro golo do Portimonense é mais do mesmo, um fruto de uma defesa à deriva que não é forte nas marcações que não antecipa lances e se deixa surpreender por um toque que vai directo à baliza. E repete erro atrás de erro.

O Vitória tem de jogar com os melhores – alguém os tem de obrigar a um serviço mínimo – e nesta altura já não estamos em tempo de gerir o plantel. É o plantel que tem de mostrar como foi gerido. A equipa ou arrebata os seus adeptos ou perde-se na sua fúria.

Ou seja, o Vitória vive com o conforto dos pontos conquistados na 1ª volta, não ambiciona ter mais, mesmo que os treinadores se enganem a si próprios, com mensagens que não têm correspondência prática nos jogos.

Perder com o Portimonense é quase um sacrilégio apenas porque noutros tempos o Vitória tinha um talismã de empatar e vencer. Tal como noutros estádios. Veja-se que o Vitória perdeu com os actuais 9º (Portimonense), 10º (Tondela) e 11º (Gil Vicente) da tabela num cenário de 3-9 em golos marcados e sofridos. O que justifica este descalabro?

Isso faz recordar a derrota com o Sporting por 0-1. De que valeu aquela exibição se o Vitória não ganha às equipas do seu campeonato? Com o Braga, também foi a mesma coisa, de que serviu o equilíbrio? Apenas para justificar, o trivial, dos finais do jogo “jogamos bem mas não tivemos sorte”.

É bom que o Vitória arrepie caminho, não com frases, “marketeadas” mas que mostrem efectiva liderança e representem golos, triunfos e pontos contra equipas que não lutam pelo lugar europeu.

© LPFP

O Vitória não joga como um dos vários “sobreviventes” do campeonato, que lutam para não descer. E fazem uma guerra pela conquista de pontos. Deve jogar com realismo e empenho e não patentear ar de campeão. É que o ciclo de derrotas pode-se tornar impossível de digerir para os adeptos e abrir as portas aos “populistas” vitorianos que podem querer expiar as suas culpas com o momento actual.

Ninguém pode esquecer que esta fama de maus resultados já vem de longe e dos erros sucessivos que treinadores e dirigentes vão cometendo com o beneplácito dos sócios. Agora, já ninguém se pode queixar dos árbitros. Esta época, como em nenhuma outra, não há nenhum jogo em que o Vitória se possa queixar…

O Vitória jogou com: Bruno Varela, Sacko (Bruno Duarte 81′), Jorge Fernandes, Mumin (Rúben Lameiras 67′), Mensah (Rochinha 67′), André André, Pepelu, André Amaro, André Almeida (Mikel Agu 67′), Edwards, Óscar Estupiñán (Janvier 81′).

Notas de um desatino interno:

  • Ainda ecoam as exclamações e descrições radiofónicas, de radialistas, que lá no fundo de Portugal, nos prendiam à telefonia, numa terra onde o Vitória tinha o seu talismã;
  • É viva a imagem de que entre o Vitória e o Portimonense se percebia quem é que estava a jogar com intenção, num processo de jogo, com um objectivo definido;
  • Sofrer golos como o primeiro é erro de catálogo, que se torna cartão de visita;
  • Edwards tem de jogar mais tempo, num sistema que se adapte ao seu estilo e se alguém tiver dúvidas que puxe o filme da época passada atrás e veja o que ele fazia, mesmo nas competições europeias;
  • É bom que os dirigentes não se copiem uns aos outros, desperdiçando treinadores com o potencial e a força de Ivo Vieira, com estatuto que se adaptam perfeitamente ao Vitória. Porque depois é o que se vê!!!
  • O jogo do Vitória é previsível. Porquê? Porque é viciado nos mesmos processos, nos mesmos jogadores, nos mesmos esquemas…
  • Seria bom que a reflexão sobre a época e o momento actual se começasse a fazer já para não ser adiada por uma série positiva de resultados. A reflexão faz falta e afasta o interesse!!!

© 2021 Guimarães, agora!


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