Governo: reforma da orgânica do Ministério da Educação ajusta-se a novos desafios

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Fernando Alexandre afirmou que o objectivo da reforma orgânica do Ministério “é garantir a igualdade de oportunidades no acesso a uma Educação de qualidade em todo o território nacional, bem como gerar e transformar talento e conhecimento em valor social e económico”.

A actual estrutura “não está ajustada aos novos tempos e desafios”. Tem 18 entidades com 45 dirigentes superiores, mais de 2 mil trabalhadores nos serviços centrais (dos quais 500 professores), mais de 300 aplicações informáticas e mais de 280 processos.

Verifica-se uma “grande fragmentação organizacional”, “governação desarticulada”, “sistemas de informação desintegrados” e “grande complexidade processual”, acentuou o Ministro.

© Governo de Portugal

Os princípios da reforma são a reorganização e clarificação funcional, a modernização e transformação digital, a descentralização de competências coordenada, a eficiência e agilidade administrativa, a valorização dos recursos humanos e o rigor e transparência na gestão.

Os serviços centrais passam de 18 entidades para sete e de 45 para 27 dirigentes superiores. Dois destes serviços serão transversais a todo o Ministério: a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) e a Direcção-Geral de Estudos, Planeamento e Avaliação (DGEPA).

Ensino não superior

A estrutura agora aprovada terá duas entidades: 

  • O Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação (EduQA) que se vai centrar na qualidade do sistema educativo, colocando o digital no centro; 
  • E a Agência para a Gestão do Sistema Educativo (AGSE) que vai gerir todo o sistema e faz a ligação com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), que passarão a ter um vice-presidente para a educação.

Ensino superior

A nova estrutura terá o Instituto para o Ensino Superior (IES) que será o interlocutor das instituições de ensino superior, cuja autonomia será reforçada.

Ciência e inovação

A estrutura futura terá:

  • A Agência para a Investigação e Inovação (AI²) que liga a ciência à inovação, será fundamental para transformar o investimento científico em melhorias reais para o bem-estar da sociedade e da economia, garantindo um financiamento estável ao longo de quatro anos.

Esta profunda transformação “vai garantir a simplificação de processos, na relação entre serviços centrais e as escolas, universidades, politécnicos”, unidades de investigação e empresas inovadoras, assim como uma maior coordenação entre os diversos níveis da administração.

“Precisamos de um sistema mais simples, coordenado e eficaz para garantir a igualdade de oportunidades no acesso a uma educação de qualidade a todos, em todo o território”, concluiu.

Foto © Mariana Branco | in: portugal.gov

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