Abrangerá os monumentos que são marcos da nossa história, dando como exemplo o Padrão de São Lázaro, evocativo da Batalha de Aljubarrota, recentemente alvo de uma danificação escusada. “Quando um monumento qualquer – e desde logo o Padrão de São Lázaro é um exemplo que vale por todos – é destruído, é essa identidade e história de um povo que em certa medida é destruída e apagada” – acentuou.
“O grupo parlamentar do CDS apresentou um projecto de resolução no Parlamento que visa a salvaguarda, a identificação claríssima e a participação de várias entidades com mecanismos que ajudarão à protecção destes bens” – anunciou em Guimarães.
Nuno Melo explicou que “o CDS não pode ficar indiferente e não fica indiferente e imediatamente após esta estratégia que lesa o nosso património colectivo apresentou na Assembleia da República um voto de condenação deste acto de vandalismo que foi aprovado”. E para além da protecção que se deseja para todo o Património Cultural é necessário “levar as pessoas que fazem destas coisas à justiça”.
“Mas não nos ficamos por aí”, salientando que “é importante que o Estado tenha – e com este Governo está a ter – a noção e a vontade de criar mecanismos que ajudem à identificação, guarda e preservação, destes bens inestimáveis do nosso património colectivo”.
Interrogado se a vídeo-vigilância poderia ajudar à protecção do Património Cultural, Nuno Melo respondeu: “estão a falar com o presidente de um partido que há muito defende as virtualidades da vídeo-vigilância, um mecanismo para proteger bens e pessoas, salvaguardando as regras da lei de protecção de dados”. Espera que haja um debate sobre as vantagens da adopção da vídeo-vigilância para preservar a ordem pública e a segurança.
“Estes maus exemplos, ajudam a fazer bons caminhos.”
Insistiu que “em monumentos que são inestimáveis, o que se gasta na sua protecção e recuperação não pode ser quantificável” e como o Padrão de São Lázaro é “importante para Guimarães, para a região e para o País”, há que seguir em frente na sua recuperação porque “estes maus exemplos, ajudam a fazer bons caminhos”.
Anunciou que o Padrão de São Lázaro, “é património que transcende muito Guimarães, sendo um monumento que está onde Portugal nasceu”, Nuno Melo divulgou que “falei com a Ministra da Cultura que me informou que o Património Cultural, IP já terminou o caderno de encargos que permitirá a recuperação e restauro deste monumento numa iniciativa de esforço que é de grande complexidade que permitirá que o que foi lesado possa ser recuperado e de novo ficar disponível para a fruição pública”.
Salientou que “o património é essencial na memória colectiva de um povo e um povo que não respeita, não se importa, não salva, não guarda e não protege o seu património só é um povo que não estará à altura dessa identidade e história que cada momento grava em pedras os seus feitos mas são mais do que isso, são mais do que pedras”.
Reforçando que o CDS estava em Guimarães apenas por causa do monumento danificado, Nuno Melo evitou falar de outros assuntos da actualidade política, considerando que “o património grava em pedras a identidade e a história de um povo… no caso do Padrão de São Lázaro o que se gravava era a circunstância de uma batalha maior, a Batalha de Aljubarrota e do muito sangue vertido que permitiu a salvaguarda da independência nacional”.
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