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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Enquadrar têxtil português com as tendências de moda globais

Economia

“O investimento da Selectiva Moda, em promover, ao lado das empresas, a exposição dos seus produtos, tem-se revelado positivo quer para a imagem do têxtil nacional quer para os expositores” – defende Dolores Gouveia, especialista em Fashion Trends, Design e Marketing.

Os fóruns da Associação Selectiva Moda, tornaram-se numa montra importante “no sentido em que os visitantes tem aqui um primeiro contacto com o produto nacional”. Para além disso, refere Dolores Gouveia, “os visitantes vão a seguir às empresas para obter a melhor informação técnica de qual será a melhor empresa que possa responder às suas necessidades, por vezes até questionar sobre produtos específicos”. Na tentativa de mostrar o que melhor os expositores podem oferecer, a Selectiva Moda, tem há já vários anos promovido exposições colectivas de produtos portugueses, num contexto de selecção mas de inclusão que de algum modo possa complementar a exposição própria das empresas nos seus stands.

Outro objectivo destes fóruns, é enquadrar “o produto nacional em termos de tendências de moda globais, dando-lhes essa dimensão de tendência e inspiracional”, construindo e organizando conjuntos de produtos por segmentos de moda, de cores, traduzindo também o “mood” de cada estação. Em termos globais, os fóruns estão localizados em zonas centrais, o seu espaço tende “a traduzir as estéticas mais importantes, tal como os conceitos”, com uma visualização que suscite curiosidade ou possa ter impacto.

“Fizemos uma recolha de materiais que estavam em over stock, já em armazém, adaptando-lhe as cores e as dimensões que queríamos em termos estéticos, deixando essa ideia de irregularidade e de algo feito de forma espontânea.”

A Selectiva Moda, construiu para o hall 12.1, onde se concentrava a maioria das empresas portuguesas, um espaço onde a paleta de cores assumia a multiculturalidade, em conjunto com a macro tendência da sustentabilidade e o caminho da economia circular. O mural da própria exposição foi construído com desperdícios de materiais de construção, decoração, da cortiça, à carpete, do papel ao cartão e mesmo a pele. “Fizemos uma recolha de materiais que estavam em over stock, já em armazém, adaptando-lhe as cores e as dimensões que queríamos em termos estéticos, deixando essa ideia de irregularidade e de algo feito de forma espontânea” – revela Dolores Gouveia. No fundo, a Selectiva Moda associou conceitos em linha com o que os expositores portugueses mostraram na Heimtextil.

Ao passar, neste fórum, que mensagens deixaram ficar os visitantes? Dolores Gouveia elencou logo “a beleza do produto nacional”, e também a côr, a textura, com os visitantes a sentirem cada produto pelo toque, não esquecendo o reconhecimento que fazem à técnica dos portugueses para produzir têxteis-lar. Hoje, já não se fala do design português porque “Portugal já tem capacidade de produzir peças bem concebidas em termos de qualidade de produto”. “É um caminho que tem vindo a ser feito, há vários anos e já nos é reconhecida essa capacidade de fazer bem e bonito”, salienta.

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Relativamente ao futuro, a Selectiva Moda pode continuar com estes conceitos de fóruns, sem alterar a sua base, continuando com a função principal de mostrar o produto português associado e em conjunto, com as várias empresas presentes em cada certame.
Este ano, evoluiu ao criar um terceiro fórum, em parceria com o Citeve/Centi, no que é o “Green Circle”, no hall 12 onde estavam concentradas a larga maioria das empresas portugueses e local de passagem e de maiores contactos. “É importante ter em nosso redor as empresas portuguesas e nós estamos aqui por elas” – conclui Dolores Gouveia.

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