Na União Europeia, cerca de 25 milhões de pessoas têm problemas de infertilidade. Ontem, Segunda-feira, dia 6 de Novembro, marca o início da Semana Europeia da Fertilidade.
A Fertility Europe, organização europeia que representa as associações nacionais de pacientes na área da (in)fertilidade, alerta que quase 80% das pessoas que sofrem desta doença já sentiram que precisavam de ajuda psicológica ao longo do seu percurso de infertilidade.
Esta é a grande conclusão de um estudo publicado ontem que recolheu mais de 2500 respostas em vários países da Europa, incluindo Portugal. A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) há muito que exige mais medidas de apoio para estas pessoas.
“Passar por um processo de infertilidade, em que o resultado esperado não chega após a primeira tentativa, fragiliza a força física e emocional de quem passa por esta jornada”, explica a presidente da APFertilidade, Cláudia Vieira. “É de uma importância enorme que este caminho não seja feito de forma solitária e que, além da partilha de sentimentos entre o casal, um ou ambos tenham um dos apoios essenciais para que cada passo seja dado de uma forma cuidada e coordenada por psicólogos especializados”.
Segundo o relatório da Fertility Europe, cerca de 25 milhões de pessoas na União Europeia sofrem de infertilidade. “Tendo em conta a realidade europeia, é preciso disponibilizar mais ajuda psicológica de forma consistente e acessível aos que passam por uma fase tão delicada”, continua Cláudia Vieira.
Também a presidente da Fertility Europe, Klaudija Kordic, deixa claro que “a Europa deve garantir que todas as pessoas que iniciam esta jornada recebam apoio psicológico como parte integrante do tratamento de fertilidade”. Acrescenta ainda que, “à medida que aprendemos mais sobre as interacções entre esta doença e a saúde mental, fica claro que o apoio psicológico pode desempenhar um papel crucial na jornada dos pacientes”.
A APFertilidade relembra ainda que dispõe de uma rede de psicólogos sensibilizados e formados para as questões emocionais que rodeiam as mulheres e os homens que querem concretizar o desejo de ter filhos. “Na infertilidade, também se fala de saúde mental e os sentimentos que caracterizam estas pessoas têm um peso que não deve ser ignorado, tal como noutras situações de fragilidade”.
O estudo reuniu mais de 2500 respostas de pessoas que sofrem com problemas de infertilidade em vários países da Europa. Em Portugal, foram recolhidos mais de 600 testemunhos.
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