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Domingo, Novembro 24, 2024

Ómicron: Universidade do Minho e INESC TEC analisam impacto da variante na eficácia da vacinação

Economia

Investigadores da Universidade do Minho e do INESC TEC analisaram o impacto da variante Ómicron na eficácia da protecção conferida pela vacinação contra a infecção pelo vírus SARS-CoV-2.

O estudo publicado na conceituada revista Scientific Reports, do grupo Nature, é resultado do trabalho de uma equipa internacional, no âmbito do projecto Coronasurveys.

Tendo por base um grande conjunto de dados recolhidos pela plataforma Meta, a docente e investigadora da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), Raquel Menezes e o docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e investigador do INESC TEC, Carlos Baquero, que já passou também pela Universidade do Minho, determinaram a viabilidade da utilização de informação sobre sintomas da covid-19, obtida por um inquérito aplicado no acompanhamento da evolução da pandemia.

Raquel Menezes. 📸 Direitos Reservados

Em concreto, os resultados do estudo “Using survey data to estimate the impact of the omicron variant on vaccine efficacy against COVID-19 infection” permitiram detectar o número de casos durante a pandemia, sendo uma abordagem relevante no arranque de uma potencial nova epidemia e até em locais com escassez de recursos.

“Quando o estudo foi feito, no início de 2022, rapidamente foi possível observar uma menor eficácia da protecção existente”, salienta Carlos Baquero, investigador do Laboratório de Software Confiável (HASLab) do INESC TEC. “Nos meses seguintes, esta menor eficácia veio a confirmar-se com um aumento substancial das infecções em Portugal, felizmente, com efeitos muito mais reduzidos na mortalidade”, acrescenta Raquel Menezes, investigadora do Centro em Matemática da UMinho. A recolha de dados pela Meta foi descontinuada em meados de 2022. Ainda assim, há muita informação que pode ser trabalhada no sentido de obter mais resultados e em diversos campos de aplicação relacionados com esta temática.

A doença por coronavírus resultou até ao momento em 673 milhões de casos e 6.85 milhões de mortes, dos quais 5.56 milhões de casos e 26.059 mortes em Portugal, segundo dados da Universidade de Johns Hopkins. Esta doença respiratória infecciosa foi detectada há três anos na China e disseminou-se pelo mundo em variantes, sendo a Ómicron das mais contagiosas.

📸 Direitos Reservados

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