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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Dança: dia mundial com espectáculos inclusivos

Economia

Endless e Coreografia, dois espectáculos no palco do Centro Cultural Vila Flor a 29 e 30 de Abril.


A companhia Dançando com a Diferença, apresenta o espectáculo Endless onde a dança, a música e o vídeo questionam a condição humana, a vida, a degradação do corpo e a nossa única certeza, a morte.

As visitas realizadas ao Memorial do Holocausto (em Berlim), à Colina das Cruzes (na Lituânia) e aos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau (na Polónia) permitiram a Henrique Amoedo e parte do elenco de intérpretes, da companhia Dançando com a Diferença, sentir e viver emoções e, num processo de residência artística, recolher imagens-chave que posteriormente serviram de base para a constituição do guião deste espectáculo que foi concluído na Estónia, em Abril de 2012.

Endless 📸 Júlio Silva Castro

Desde a sua estreia, na Madeira (2012), a peça já foi reposta em diferentes contextos e países, com adaptações que nunca deixam de fora a realidade local e o momento presente.

A adaptação que vai ser apresentada no Grande Auditório Francisca Abreu, no CC Vila Flor, faz parte do projecto +Inclusão/Fora de Portas, uma parceria A Oficina com a Dançando com a Diferença que pretende aproximar diferentes públicos à dança inclusiva, sob a direcção daquele que criou este conceito, Henrique Amoedo.

A apresentação de Endless, conta com a participação da APCG, o Lar Residencial Alecrim, o CAO, Lar Paraíso (Centro Social de Brito), a CERCIGUI, a EB 2,3 de Abação – CAA – Centro de Apoio à Aprendizagem, o Agrupamento de Escolas João de Meira e o Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda.

Inserido na programação de educação e mediação cultural A Oficina, o espectáculo terá duas sessões:  

  1. Dia 29 de Abril (15h00) destinada a escolas e instituições.
  2. Dia 30 de Abril (19h00) destinada ao público em geral.

O preço dos bilhetes tem um custo de 2 euros. Integrado no programa Cultura para Todos, do qual A Oficina faz parte, Endless será acompanhado por audiodescrição, um comentário adicional dirigido às pessoas com deficiência visual.

Outro espectáculo especial: Coreografia, de João dos Santos Martins, que terá interpretação em Língua Gestual Portuguesa, realiza-se a 29 de Abril.

O espectáculo foca-se na relação entre a coreografia enquanto suporte artístico não-comunicativo e a língua gestual como sistema de vocabulário baseado em gestos cujo fundamento é, precisamente, viabilizar a comunicação na esfera social.

Inspirado no tratado de Raoul Feuillet, teórico de dança francês do século XVIII, João dos Santos Martins constrói uma dança em que o texto se difunde com o movimento. Debatendo-se com a ideia comum de que a dança não pode falar, sendo, no entanto, uma metáfora para o pensamento, interessa-lhe a “singularidade de dançar uma língua e de falar uma dança”.

Esta co-produção A Oficina, Alkantara, Associação Parasita, e Materiais Diversos, retrata um conflito expresso na dicotomia entre escrita de texto, composição de gestos, acções e movimentos, contando com o texto de José Maria Vieira Mendes, interpretação de Adriano Vicente e música e interpretação ao vivo de João Barradas.

📸 Júlio Silva Castro

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