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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

Socorama: um salto da cerveja para o vinho e bebidas brancas

A covid-19 foi um toque de despertar para alargar horizontes e o leque de produtos comercializados pela empresa que juntou à cerveja, o vinho.


A mudança deu-se, primeiro, na forma de rentabilizar e potencializar uma rede comercial, abrangendo uma área de sete concelhos. Depois foi perceber como o vinho poderia ser um complemento da cerveja num negócio comercial que sofreu os efeitos da pandemia.

Miguel Bragança, director comercial da empresa, reconhece que a Socorama para além de representar as marcas da Central de Cervejas, como a Sagres, a Heineken e a Água do Luso, num mercado de sete concelhos à volta de Guimarães, podia alargar horizontes para o vinho e bebidas brancas.

De facto, juntar o vinho à cerveja, era meio caminho andado para conquistar um novo mercado para as suas marcas e para os produtores com quem faz negócios, na distribuição de vinho, especialmente do Douro.

A reforma na estrutura, na organização e na diversificação de produtos abria o caminho do crescimento e da conquista do mercado.

Operando em Guimarães, Vizela, Fafe, Felgueiras, Santo Tirso, Lousada e Paços de Ferreira como distribuidora exclusiva das cervejas das reputadas marcas Sagres e Heineken e da Água do Luso, emblemas da Central de Cervejas, a empresa assentava na mesma rede comercial o vinho e as bebidas brancas.

O Open Day – que abriu as portas da empresa a clientes e consumidores, começou em 2019, como prenúncio da expansão e crescimento. Uma primeira edição inscrita nos objectivos da empresa para acentuar e desenvolver formas de apresentação de produtos com alguma inovação. 

📸 Socorama

A sua dimensão foi reduzida, dirigiu-se apenas a clientes, mas deixou traços que a serem seguidos podiam sustentar ainda mais o negócio de comercialização e distribuição de bebidas. E um estímulo diferenciado na relação com clientes. 

A ideia foi interrompida pelos efeitos da pandemia no comércio em geral e nos hábitos de consumo dos portugueses.

Uma quebra natural na venda de cerveja, fez reduzir o volume de negócios, uma vez que o consumo diminuiu pelas alterações provocadas pela covid-19 nos hábitos e modo de vida dos consumidores.

Miguel, Patrícia e Diogo, três irmãos são agora nova geração da Socorama, fundada pelos pais – Maria José e José Bragança Salgado – com quem partilham a gestão da empresa.

Foi no ocaso da pandemia que repensaram as estratégias comerciais, de gestão e organização de modo a enfrentar novos desafios, mantendo a competitividade da empresa e diversificando o negócio.

“Foi um acordar que nos despertou para a necessidade de abrir novos horizontes.”

Foi um acordar que nos despertou para a necessidade de abrir novos horizontes e não viver apenas da venda de cerveja que representava cerca de 70% do volume de negócios da empresa” – revela Miguel Bragança sobre uma iniciativa comercial e de marketing, de portas abertas.

Aproveitaram o tempo da pandemia para reprogramar em força o Open Day, numa segunda edição mais atrevida com 50 produtores de vinho que se tornaram fornecedores e parceiros de negócios, alguns em exclusivo, o que robusteceu a Socorama no sector da distribuição de bebidas.

Cerca de 1400 pessoas passaram pelo armazém da empresa transformado num grande mercado aberto e numa feira de prova de vinhos, qual acção comercial e marketing que deixou satisfeitos os irmãos Miguel, Patrícia e Diogo. 

“Um investimento que marca uma aposta num evento que iremos continuar a promover e melhorar” – salienta Miguel Bragança para dar conta desta nova expansão comercial e uma estratégia para refazer o volume de negócios de cerca de seis milhões de euros que se registava antes do aparecimento da covid-19 e apenas derivado da comercialização de cerveja e água.

Ao mesmo tempo, a Socorama inaugurava a sua Boutique Spirits & Wines, numa sala ao lado do armazém, onde mostrou todo o seu portfólio de produtos, de vinhos e bebidas brancas que se vai tornar, nas próxima semanas, local de prova de vinhos, como complemento da estratégia comercial.

Ali, um enólogo que a empresa contratou, fará as provas dos vinhos que passarão a estar no mercado geográfico da empresa, de produtores novos e marcas consagradas, que também eles procuram uma maior afirmação no mercado, e que passam a ser as propostas da Socorama para os seus clientes.

“Criamos uma alternativa, não total mas complementar à cerveja, de modo a manter a sustentabilidade empresarial e enfrentar novos desafios” – acrescenta Miguel Bragança.

A empresa, desde 2017, que se encontra em novas instalações, mais adequadas à sua actividade, na zona industrial Pencelo/Selho São Lourenço, sustentando a sua presença num mercado dinâmico e competitivo como é o da distribuição e comércio de bebidas.

© 2021 Guimarães, agora!


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