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Guimarães
Sexta-feira, Novembro 1, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

Falta peso… à medida do Vitória!

Já não dou (esmolas) para o peditório da choraminguice vitoriana que inunda as ruas da cidade quando, desgraçadamente, o Vitória (nosso) é atacado em tempos de Halloween ou em outra garraiada futebolística qualquer.

É claro que somos melhores – e bons – a protestar mais do que a prevenir e representar. Ou exigir ser representados.

Em Guimarães, há os que defendem as suas instituições sem dó nem piedade – cumprindo uma obrigação – e os que representando instituições amolecem a sua indignação porque o cargo que desempenham está em risco. E dá-lhes prestígio. É a diferença entre servir ou servir-se!

É por isso, que perdemos constantemente, em relação a Braga, ao Porto e a Lisboa porque os interesses que dizemos defender em primeira linha, passam para segundo ou terceiro plano.

O que está mais que provado, e evidente, é que o Vitória tem de entrar no negócio da repartição dos cargos das entidades do futebol. Não basta que a direcção ou o presidente estejam lá.

Há quem não goste que se olhe para trás, para o passado. Mas nesse período, o Vitória tinha “defesas” aqui e ali, a começar pela AF de Braga, para uns coisa menor mas ainda com influência bastante na estrutura do futebol português que elege presidente e directores da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

No Vitória – e igualmente em Guimarães – criou-se o culto da representatividade pessoal primeiro e o da instituição depois.

O ‘António’, que é de Guimarães, só por ir para a FPF está a representar o Vitória? Não, é puro engano! O mesmo acontece com o ‘Joaquim’ na AF de Braga ou com o ‘José’ na Liga Portugal.

Insiste-se em indicar este e aquele, aqui e acolá apenas por decoração porque tudo continua na mesma.

Há quem se dê ao trabalho de fazer o papel ‘de uma velinha’, adornando o cenário… Mesmo com os resultados que se conhecem, insiste-se em indicar este e aquele, aqui e acolá apenas por decoração porque tudo continua na mesma.

O que já não é a mesma coisa com o Porto, Benfica, Sporting e agora até o Braga. Esses clubes não precisam de se incomodar porque os que os representam já sabem o que têm de fazer…

Em Guimarães, vive-se muito da hipocrisia – um manto que esconde muita coisa – e zero da frontalidade.

Claro, não é só no futebol. É também na política e na economia… Como nos vergamos, aos de fora que adoramos e contemplamos, todos contentes, desperdiçando valores e talentos locais…

A dimensão do Vitória que todos propalam apenas por retórica e por propaganda não tem correspondência nem é respeitada.

E ‘continuamos para Bingo’, sem ninguém a representar-nos no futebol nacional. E os que nos representam aceitam a função para enriquecer o seu currículo…

© 2024 Guimarães, agora!


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