O 25 de Abril tem um léxico vasto, algo que todos compreendem, aceitam e valorizam.
É uma data – e um acontecimento – que aproxima, une mais do que divide. Não é um exclusivo, nem propriedade de ninguém em particular.
É um património imaterial e intangível do povo português e não de uma casta, de um partido, de um grupo – militar ou não -.
Muitos usam-no como um adereço. Mas o 25 de Abril é demasiado grande para se tornar pequeno ao serviço de minorias ideológicas, patrióticas ou corporativas.
A data resiste, é resiliente e está aí para mostrar como Abril não se cumpriu na sua totalidade, pese muitos avanços e recuos, desvios, aproveitamentos de todo o género.
Quem assume a responsabilidade de governar deve, por uma vez e finalmente, ter a noção do que está para fazer… fazendo!
Evidencia muito claramente uma falta de concretização de promessas, planos, intenções e princípios.
Já houve discussão bastante sobre os desafios, as reformas, as estratégias. O seu dicionário tem imensas palavras que lhe dão perenidade, mostram o seu significado. Mas evidencia muito claramente uma falta de concretização de promessas – postas na gaveta -, planos, intenções e princípios.
E porquê? Para muitos o 25 de Abril é como um cravo que se coloca na lapela ou ao peito, ou uma gravata que se usa com fato de cerimónia. É só para a estética…
Fazer mais pela educação, cultura, saúde, ambiente, qualidade de vida, infra-estruturas é defender o 25 de Abril e dar perenidade ao país.
E o pior… muitos escandalizam-se com a pobreza – que não erradicam mas ajudam a perpetuar-se – ‘lavando as mãos como Pilatos’, acentuando dependências, subsidiando, promovendo a existência indigna de pessoas que mereciam mais respeito.
Por isso, “todos, todos, todos” devem fazer o que lhe compete, no quadro das funções que exercem nos órgãos de poder, para que Portugal seja a tal Suíça à beira do Atlântico plantada… um país feliz, solidário, rico, capaz de criar riqueza primeiro para a distribuir depois.
Podem todos continuar a falar, debater, sonhar. Mas, por favor, façam para “todos, todos, todos”, dando força e valor às palavras de Francisco – de que agora todos se servem para se armarem em franciscanos… de cachecol!
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