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Quinta-feira, Maio 2, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

A ideologia, o partido e o lugar

Os partidos políticos estão, hoje, infectados e infestados por uma camada de militantes que nada têm a ver com os seus valores actuais e históricos, com o seu papel na sociedade, com o desígnio político no país e com a sua responsabilidade cívica e moral.

São esses que trocam de cor e esquecem a ideologia e o partido e que só se lembram do lugar que o partido lhes dá.

A adesão feita por ‘grosso e atacado’ também não favorece a consciência partidária e convicta de uma determinada orientação, visando a conquista de poder, a alternância democrática e o contributo que os partidos podem e deviam dar para uma sociedade mais justa, desenvolvida e rica.

O que se vê são figuras pardas a trocar de clube – não como os jogadores de futebol cujo valor é a causa de transferências, numa troca profissional normal. Mas essas figuras estão longe de ser craques da política, andam nos partidos por algo diferente da convicção e trocam de camisola em função do que podem receber pela sua função.

Dizem que mudam por causa da ideologia mas isso é coisa de ‘gato escondido com rabo de fora’. Para esses militantes – que até não representam nada no seu partido, segundo o historial e o currículo que os persegue – a ideologia já foi (há muito), o partido enquanto mercado não lhes dá nada e o comércio do lugar é que está mesmo nesta escolha ou troca.

Muitos filiam-se no PS ou no PSD por razões objectivas: ou a pedido ou por agregação a uma força que se sente mais próxima do poder. Não é coisa igual ao bairrismo: a nossa terra defende-se servindo sem interesses e não porque A, B ou C ou mesmo R… se sente predestinado para a causa pública.

As novas adesões são feitas muito à base do que é que ‘o partido pode fazer por mim’…

Toda a gente sabe que os partidos políticos foram criados como um eixo da actividade cívica, para defesa das liberdades e para influenciarem o desenvolvimento das comunidades locais e nacionais. Quase todos se filiam por estas razões mas a moda mudou e as novas adesões são feitas muito à base do que é que ‘o partido pode fazer por mim’

Muitos criticam alguns membros da classe política pelo abuso das funções que exercem; mas se forem convidados para essas organizações já o fazem pensando nas benesses que podem ter – e que não teriam na vida privada.

A política tem salvado muitos de uma vida mais “castigada” por uma vida mais opulenta. E alguns políticos novos são já vistos como capitalistas socialistas, pelo modo de vida que lhes proporciona o serviço público, pouco importante a ideologia ou os valores.

Muitos homens, mulheres e jovens olham para esta opulência e querem dela desfrutar, fazendo tudo e de tudo para estarem perto do chefe e do lugar, para lá da sua preparação e competência para o cargo.

É destes que alguns se apoderam para reinarem nos partidos… promovendo a administradores da coisa pública gente sem preparação, destinada a abanar com a cabeça e a ocupar o cargo.

Por isso, não se deve dar muita a atenção a figuras menores que perdem a sua essência agindo por oportunismo e por interesse pessoal. E não faltam por aí!

© 2024 Guimarães, agora!


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