“O Presidente da Autoridade de Transporte, Domingos Bragança, afirma que “a nova concessão de transporte público rodoviário de passageiros no território da Comunidade Intermunicipal do Ave constitui um marco na promoção da sua coesão territorial e social. “Ligamos pessoas e lugares” a assinatura da Autoridade de Transportes da CIM do Ave é agora uma realidade, o que nos deixa muito satisfeitos e, sobretudo, nos responsabiliza por uma oferta de transporte público compatível com aquelas que são exigências atuais.” – 09 de dezembro de 2022
Uma política de transportes públicos funcional tem que priorizar e dimensionar os sistemas de transporte, por forma a dar resposta às necessidades da população e se apresentar como alternativa à utilização automóvel.
Em Guimarães a articulação entre a Guimabus, detentora da concessão dos transportes urbanos, e AVE Mobilidade, empresa do grupo Transdev que lidera o consórcio dos transportes intermunicipais, a inoperabilidade entre as duas, traduziu-se no bloqueio à circulação dos passageiros detentores de passe de uma delas, pela outra operadora. Em termos práticos o que acontece é que um passageiro com passe da Guimabus deixou de poder circular nos transportes da Transdev.
Porque é que o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, também Presidente da Autoridade de Transporte da CIM do Ave, sabendo de antemão não acautelou este cenário? É preciso ter passe das duas operadoras daqui para a frente? É esta a solução?
A questão dos transportes públicos rodoviários, tem que ser vista de forma séria.
Não se pode fazer bandeira da ‘mobilidade’ e não criar condições para que o transporte público seja uma alternativa ao transporte individual. Se alguns podem recorrer à utilização do automóvel, outros ficam sem opções.
Com a mudança dos transurbanos para a Guimabus, a Câmara Municipal prometeu que iria colocar painéis informativos eletrónicos junto das paragens, passou um ano e meio e nada há. Ausência de informação de partidas e chegadas e como recurso o bilhete.
A Guimabus, tem a concessão das linhas, outras autarquias optaram por contratarem prestação de serviços, assumindo o risco da operação e controle da bilhética. Guimarães concessionou as linhas. O fim último que se destina a oferta rodoviária é serviço à população, este não parece que esteja a ser conseguido.
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