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Quinta-feira, Novembro 21, 2024
Teresa Costa
Teresa Costa
Licenciada em RIEP - Relações Internacionais Económicas e Políticas, pela UM. Business Director da Escola de Línguas "Fun Languages-Guimarães", Centro Autorizado de Preparação para exames de Cambridge, Centro Certificado pela DGERT como entidade formadora no Ensino de Línguas Estrangeiras segundo os níveis definidos pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) e Língua e Literatura Materna (Português para estrangeiros).

Não se esqueçam de dar futuro à juventude

Os jovens são determinantes num Mundo em constante mudança, contribuindo com a sua audácia e generosidade para as grandes Causas que hoje suportam os pilares civilizacionais de uma sociedade Moderna.

Importante refletir sobre a relação entre a juventude de alguns protagonistas políticos (Áustria, Finlândia, Suécia, entre muitos outros) e o grau de desenvolvimento e tolerância das suas Nações. Obra do acaso ou resultado de forte investimento em educação, competências transversais, responsabilidade e solidariedade?

Vem isto a propósito da preparação do Futuro profissional dos jovens e do olhar com que todas estas medidas agora anunciadas, se esquecem daqueles que iniciam o seu percurso de vida. A formação é um fator de mobilidade social, mas questionamos que mobilidade, quando apenas numa geração, as oportunidades dos recém-licenciados são significativamente inferiores e a sua remuneração incapaz de suprir o esforço realizado ao longo dos anos académicos.

A crise provocada pela pandemia, para além de sanitária, é na economia que vai ter o maior impacto, as medidas anunciadas, quer do ponto de vista nacional quer mesmo da agenda local, são praticamente inexistentes. É certo que teremos de reforçar áreas debilitadas e em enorme dificuldade (a restauração, os serviços, a cultura) mas, de todas as crises, nasce um olhar diferente de sociedade (a tal inovação e criatividade tão própria dos jovens), que implica todos os decisores em estratégias adequadas a todo o momento.

Se alguma coisa aprendemos com esta situação (para além de entendermos que muito mal se prevê e gere crises sanitárias), é que vivemos num Mundo simultaneamente mais global, mas que procura as vantagens do local. Quer isto dizer, que através das novas tecnologias trabalhamos, estudamos, compramos, socializamos através de um clique (com as vantagens da maior adaptação dos jovens à estonteante velocidade de inovação), mas olhamos agora para o prazer de viver de forma segura, valorizando a qualidade da produção local.

Precisamos de digitalização em diferentes níveis, apoios à fixação dos jovens, à sua capacidade empreendedora, ao seu espírito criativo e inovador…

Esta é uma filosofia de construir Futuro. Ora, precisamos de digitalização em diferentes níveis, apoios à fixação dos jovens, à sua capacidade empreendedora, ao seu espírito criativo e inovador. Queremos que a sociedade seja intergeracional, com a participação ativa da população jovem e, com um olhar na construção da sociedade do amanhã.

Não basta ser de uma região ou concelho dos mais jovens de Portugal. Precisamos de ter o seu contributo e desenvolver o nosso território. Por isso, a nossa deceção na ausência de medidas orientadas para a atração de jovens talentos, da valorização do emprego jovem, de medidas de apoio à habitação, ou mesmo, à constituição de Família. Sentimos a sua ausência no Plano Estratégico construído após pandemia (qual o ponto de situação e o que foi já executado, perguntamos?) quer quanto ao Plano Plurianual apresentado pela Câmara Municipal.

Precisamos, pois, de dar mais voz aos jovens e seguir os bons exemplos de outros que sabem tão bem construir o seu Futuro.

© 2020 Guimarães, agora!

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