Nos tempos presentes, deparámo-nos cada vez mais com preocupações e causas ambientais, num dos eixos promotores de sustentabilidade (a que acresce o social e económico). Ora, estimular esta vontade coletiva é fundamental, não apenas para o presente, mas também numa perspetiva de futuro das próximas gerações num planeta mais protegido e estimado ambientalmente.
É obrigação de todos integrar este movimento, determinante para a melhor gestão dos recursos e que permita, para além de olhar para a perspetiva meramente ambiental, uma forma de maior equidade social e de desenvolvimento económico mais justo e participativo.
Temos, pois, em Guimarães, um território conhecido ambientalmente pela poluição do seu rio, de se libertar desta qualificação e ativamente (e convictamente) este movimento. Mais do que intenções, propaganda ou distinções (hoje tão desacreditadas pela sua origem), são obrigatórias ações, atividades, estratégias, enfim, trabalho em TODO o território vimaranense.
Na verdade, este é um esforço coletivo da população que não pode permitir que alguns em atos puros de vandalismo como os constatados nos locais de despejo de resíduos, prejudiquem toda a comunidade. Ou ainda, como a paisagem se degrada, quer por construções que alteram linhas de água e a estrutura do solo, reduzindo os espaços agrícolas e florestais, fundamentais para a preservação ambiental e, mesmo, económica. Ou mesmo, a limpeza, ausente em espaços públicos e privados, que ameaçam e são focos de incêndios destruidores de ecossistemas únicos e fundamentais para a nossa qualidade de vida.
Não será que isto nos enfraquece enquanto pioneiros da sustentabilidade e perseverança de território nacional? O verde, da cidade, não se decreta, mas sim constrói-se, coletivamente e participativamente, em que apenas um pequeno desvio ou ausência de estratégia, prejudica o esforço de todos.
Ora, circularemos, nos nossos tempos de lazer, no futuro projeto da ecovia, ao longo de 14 freguesias, mas simultaneamente circularemos nas nossas viaturas, por ausência de alternativas mais sustentáveis, para nos deslocarmos a trabalho ou a outras formas de lazer. Neste circuito de ecovia, teremos o cuidado de não sair da pista, pois em muitos locais destas freguesias, a via existe, mas o eco (de ecológico), preservação ambiental, valorização dos espaços verdes, desenvolvimento social, nem o eco ou a via, chegou.
É notório um esforço em despoluir o rio, pela pressão nacional de legislação também europeia e mecanismos de controlo mais apertado. Todavia não basta e o grau de qualidade da água e algumas descargas, não nos permitem ter o rio limpo e despoluído, que todos ansiamos. Num momento de pandemia, em que as deslocações são cada vez mais curtas, não mereciam os Vimaranenses ter uma praia fluvial, devidamente reconhecida, para fruir de um dos rios e margens mais verdejantes e aprazíveis?
Os espaços de lazer, precisamente pelas razões aduzidas, são fundamentais e devem poder ser usados em todas as freguesias, construindo em diversas e recuperando noutras, dando também a relevância da preocupação da ocupação deste solo a favor de toda a comunidade.
E uma pergunta que regularmente deve ser efetuada. Existe segurança nos produtos alimentares provenientes de locais com elevado trânsito, como o que se observa junto ao multiusos, na horta pedagógica? As análises são frequentes quanto a metais pesados e outros produtos de elevada toxicidade para o consumidor?
Temos todos de agir positivamente relativamente e nós jovens cada vez mais interventivos, pois do nosso Futuro se trata. Com prémio ou sem ele, com cidade verde ou sem ela, estamos aqui para zelar pelo nosso território e a sua sustentabilidade.
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