O candidato da coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS-PP) apresentou a sua candidatura à Câmara e a de 55 mulheres e homens que vão lutar para se tornarem presidentes da Junta de Freguesia, gente que “nos vai ajudar a ter esperança do futuro”.
Numa praça literalmente cheia e bem composta por 1.300 cadeiras para lugares sentados e uma envolvente com gente de pé, provocou euforia nas hostes da coligação que alimenta o XXV Governo Constitucional.
Ricardo Araújo quis apresentar parte do seu ‘exército’ político, no Largo do Toural, “com tanta gente, bem perto do lugar onde nasci, brinquei, vivi e me habituei a ouvir os sinos da igreja de São Pedro, perto das escolas onde estudei”, um lugar aberto “e não num espaço fechado para que todos nos vejam e ouçam”.
E fê-lo com a presença de Aguiar Branco – “um já vimaranense” que preside à Assembleia da República e de Rui Armindo Freitas, Clara Marques Mendes e Ana Luísa Machado (três secretários de Estado). Nuno Vieira e Brito, do CDS-PP e parceiro da coligação também esteve presente.
Contrariando a tradição, o candidato justificou porque renunciou constituir uma comissão de honra, para “abraçar e envolver todos e cada um dos vimaranenses nessa comissão”.
Sublinhou, neste intróito do seu discurso, a importância de “conhecer Guimarães” e de sentir “o desejo – dos vimaranenses – que têm de mudança”. Citou Novais Teixeira, um vimaranense ilustre para afirmar que “sou português mas mais do que português sou de Guimarães”.
“Candidato-me em nome de todos aqueles que se recusam a deixar que Guimarães fique para trás.”
E passou a justificar porque entrou nesta luta: “não me resigno que este concelho perca empresas, jovens, competitividade, importância regional”. Por isso, “candidato-me em nome de todos aqueles que se recusam a deixar que Guimarães fique para trás”.
Evidenciando que “é necessário abrir um novo ciclo político, com mais crescimento”, Ricardo Araújo perguntou “quem é que está em melhores condições para inaugurar este novo ciclo?”
E, continuando a questionar: “será o PS, há 40 anos no poder, desgastado, mais dividido e sem soluções para o futuro?”. E será o PS com “um candidato que não serviu para vereador e que agora quer ser presidente da Câmara?”.

“Quantas empresas ajudou a crescer e quantas atraiu para Guimarães e com que volume de investimento?”
A partir daí, atacou o seu adversário, questionando, sobre o que fez, depois de oito anos no poder municipal: “que legado deixou na Economia, quantas empresas ajudou a crescer e quantas atraiu para Guimarães e com que volume de investimento?”
Insistindo na tecla do passado – que levou Domingos Bragança a dispensá-lo da vereação – Ricardo Araújo considerou o desejo de Ricardo Costa, de “em 2018, ter dito que investiria 200 milhões no Set.Up – uma incubadora municipal – como um exemplo do seu fracasso, no desenvolvimento económico”.
E ironizou que depois deste fracasso, “agora até quer um Metro Ligeiro de Superfície. Sem ter feito nenhum estudo e contra os estudos que dizem ser uma opção inexequível”.
Lembrou a falência do Spinpark que “deixou destruir” e não passou ao lado das ligações do ex-vereador ao grupo JAF – exposta numa notícia do JN, de ontem.
“O candidato do PS tem muito para esclarecer… foi ou não trabalhar para uma empresa que teve benefícios fiscais do Município?” – questionou.
E fez o mesmo relativamente a uma empresa que constituiu com o homem da JAF e “um ex-director do Urbanismo da Câmara para prestar serviços de arquitectura”.
“Não basta declarar moralidade, nem superioridade, quando se omite essa sociedade na entidade da transparência”.
“Já basta” – afirmou Ricardo Araújo sobre quem “quer construir campos de ténis na Veiga de Creixomil”, como alavanca do desenvolvimento local. Ao mesmo tempo, que falando sobre o PDM, acusa o seu adversário de “querer passar sobre os pingos da chuva” como se não tivesse responsabilidades no passado da gestão municipal.
Desafiou o candidato do PS a propôr o chumbo do PDM se não concorda com ele. Todos sabem que “o PDM se atrasou” mas aquele instrumento de gestão municipal “é bom ou mau?”. E deixa o desafio aos socialistas da Assembleia Municipal: “se é mau… votem contra!”.
Como os partidos da coligação Juntos por Guimarães, ainda não se pronunciaram sobre o PDM, Ricardo Araújo defendeu – como já o tinha feito na reunião de Câmara – que os vereadores do PSD e CDS-PP “querem mais área para construção e para áreas empresariais”, duas exigências a que junta a defesa da “sustentabilidade e do ambiente” no território, e “uma cidade que não queremos deserta” e porventura sem carros.

No novo ciclo e no novo futuro para Guimarães, Ricardo Araújo quer ver o mundo empresarial concelhio “berço da inovação”, ter “uma nova concessão municipal de transportes que chegue a todas as freguesias do concelho”, com “mais quilómetros, mais horários e mais baratos” para que os jovens possam frequentar as infra-estruturas culturais existentes, como o Vila Flor, o Multiusos.
Na lista do que serão os temas e os seus propósitos políticos, elege “o nó de acesso às Taipas, a partir de Brito, da auto-estrada, uma ligação ao AvePark”. Considerou que “a via do AvePark não vai resultar em nada e só vai custar milhões”.
“Connosco a Rotunda de Ronfe vai ser uma realidade” – defendeu antecipando o que pode ser uma decisão do Ministério das Infra-estruturas de Portugal que Miguel Pinto Luz pode vir anunciar em breve a Guimarães, acrescentando-a à obra em curso de melhoria da estrada Famalicão-Guimarães.
“É inadmissível que não se acelerem os licenciamentos dos pedidos que estão na Câmara.”
A habitação e os 1.000 fogos prometidos pelo seu adversário na candidatura à Câmara, Ricardo Araújo preferiu ser mais concreto nas medidas para este sector. “É inadmissível que não se acelerem os licenciamentos dos pedidos que estão na Câmara” – acrescentou.
Mas deixou uma ressalva: “…isso não significa que tenhamos de ultrapassar regras”. Apenas todos devem compreender que “é prioritário que o sector público (municipal) e o sector privado cooperem na construção de mais casas e no menor tempo possível”.
Ao desenvolvimento económico, Ricardo Araújo quer acrescentar “inovação” e quer “criar condições de contexto para os sectores tradicionais da economia e proporcionar condições aos jovens empreendedores”.
O candidato dos partidos PSD/CDS-PP sabe que o desenvolvimento económico contribuirá para aumentar o salário dos trabalhadores. “Guimarães não pode continuar como um concelho onde se pagam os mais baixos salários” – uma situação a inverter.
Também a inclusão social merece a sua atenção e “onde cabem um conjunto de respostas” a ser dadas por uma acção conjugada do Governo e do Município. A inclusão passa, também, no desporto, onde “é preciso apoiar mais os jovens” que se vêm afirmando em diversas modalidades, dando prioridade à construção das infra-estruturas como os pavilhões escolares que “precisam de requalificação”.
Com estas medidas, Ricardo Araújo quer Guimarães como referência dos concelhos “de bem-estar”, um concelho inspirado em homens e mulheres que marcaram a cidade e o território. Santos Simões, António Xavier (sentado na primeira fila), Fernando Alberto, que “se dedicaram ao concelho”, foram lembrados como referências. E incluiu os empresários como parte e protagonistas deste bem-estar, enquanto empreendedores; e os trabalhadores como artífices dos produtos de qualidade que as empresas exportam.
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