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Quinta-feira, Outubro 10, 2024

Verbo Divino: poderá vir a funcionar como creche

Economia

O presidente da Câmara, Domingos Bragança, anunciou ontem, após a reunião do executivo, que o Município está a trabalhar na possibilidade de arrendar, por um período de 10 a 20 anos, o edifício do Verbo Divino para posterior cedência, em regime de comodato, a uma IPSS.

O objectivo do Município é que o rés-do-chão daquele edifício possa vir a funcionar como creche, acrescentado um número de cerca de 120 novas vagas.

O autarca explicou que se trata de um processo que depende de vários factores, desde logo de um acordo entre proprietários e autarquia. Está, ainda, dependente das validações e autorizações necessárias que terão que ser formalizadas pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social, que permitirão o funcionamento do espaço para os fins pretendidos e que garantem a transferência, pelo Estado, das verbas necessárias para a sua gratuitidade. Também revelou que já encetou contactos com algumas IPSS que, caso se concretize o arrendamento por parte da Câmara, assumam o projecto como expansão das suas creches.

Domingos Bragança referiu também a vontade de arrendar todo o edifício para respostas sociais no âmbito de candidaturas ao Portugal 2030. O presidente mostrou interesse no modelo de cuidados aos mais idosos, com o intuito de “fazer todos os possíveis para que, só em último caso, as pessoas tenham que abandonar as suas casas”.

O anúncio surgiu após a intervenção do vereador do PSD, Hugo Ribeiro, ter alertado o executivo para a falta de vagas das creches e longas listas de espera, questionando qual seria a solução para o próximo ano lectivo. O social-democrata também lamentou a Câmara “aceitar de ânimo leve” a situação das creches.

Hugo Ribeiro elogiou, por outro lado, a utilização de escolas devolutas e outros edifícios públicos para a criação de mais creches, medida que a coligação Juntos por Guimarães tinha, segundo o vereador, proposto na campanha de 2021. Ainda assim, o representante do PSD reforçou que a Câmara deverá ter um papel “mais activo” na aceleração dos processos.

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