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Sábado, Abril 27, 2024

Oposição vota “não” ao plano e orçamento municipal

Economia

O que tem sido um casamento “de facto”, ao longo de anos, virou divórcio, entre PS e Coligação Juntos por Guimarães, no que ao Plano de Actividades e Orçamento para 2020 diz respeito.

Os vereadores da Coligação Juntos Por Guimarães passaram o ano, a votar, por unânimidade, as propostas avulsas da gestão municipal, ao lado do PS, numa espécie de “namoro” e de convivência política – estranha para alguns – que impedem a afirmação de um projecto político e de desenvolvimento alternativo.

Porém, na votação do plano e orçamento e instrumentos conexos da gestão municipal para 2020, os vereadores da dita oposição, entenderam que o consenso até agora manifestado, não se aplicava aos grandes documentos da gestão municipal e onde se condensam as medidas avulsas que vão sendo propostas ao longo do ano.

Bruno Fernandes (PSD) notou a ausência de referências ao desenvolvimento económico naqueles documentos apenas reconhecível na intenção de “requalificação dos parques urbanos com um orçamento de 1,7 milhões de euros”, onde nem uma referência “há para novos parques industriais”.

“Só isto bastava para que não viéssemos cá votar” os instrumentos da governação municipal, disse Bruno Fernandes que considerou o orçamento municipal para 2020, como de “gestão corrente” e que dedica “investimento” no desenvolvimento urbano “do espaço público que foi abandonado nos últimos anos e que foi levado a um ponto de degradação por falta de investimento”.

No elenco de críticas para justificar o “não” às medidas de política para 2020 – da autoria da Câmara Municipal -, o vereador do PSD também, notou, que a Câmara nada faz para recriminar a empresa Águas do Norte que “continua a poluir os nossos rios, comprometendo a candidatura a capital verde europeia”.

Outra crítica, evidenciada pela Coligação Juntos Por Guimarães (CJP) , foi a de que continuamos “na pré-história do transporte público, pois só temos um autocarro eléctrico na cidade que tem ambições ambientais” evidentes.

Outros assuntos fazem parte do cardápio de razões que justificaram o voto negativo dos vereadores da CJG: o financiamento das freguesias que mantêm as mesmas verbas, nenhuma referência sobre o futuro da Plataforma das Artes – ícone de 2012-, a manutenção da carga fiscal municipal.

Por o voto da CJG, em 2018, ter sido de abstenção, Bruno Fernandes justificou que “temos razões objectivas para votar agora em oposição aos desígnios para 2020 porque mantemos divergência sobre o modelo de desenvolvimento para Guimarães”. Politicamente, o vereador do PSD entende que só assim “reforçamos a nossa divergência em aspectos fundamentais”.

© 2019 Guimarães, agora!

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