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Sábado, Abril 27, 2024

Oposição: “O Município de Guimarães não tem uma estratégia para o comércio tradicional”

Economia

No âmbito da avaliação que fez de Guimarães, Cidade Natal, o vereador do PSD, Hugo Ribeiro, diz que a iniciativa foi dinheiro “atirado pela janela” e questionou a utilização e aproveitamento da app Proximcity. O vereador socialista, Paulo Lopes Silva, discorda dizendo que esta época festiva foi “incomparável”.

Guimaraẽs, Cidade Natal continua a ser tópico de discussão um mês depois da época natalícia. Hugo Ribeiro, vereador da Coligação Juntos por Guimarães apontou críticas à programação de Natal e à “solução” de adiar o evento de ano novo para a noite de Reis. O social-democrata apontou a “falta de dinamismo” como um dos reparos que notou quando andava pela cidade.

Disse ainda que não lhe pareceu haver mais gente na rua do que noutras alturas do ano e que, tendo ouvido os comerciantes, estes não foram tidos em conta. Sugeriu que uma hipótese para criar ligação ao comércio poderia passar por uma parceria com os carrosséis.

“Foi uma perda para todos os vimaranenses e para o comércio tradicional.”

“Guimarães, Cidade Natal foi muito fraquinha. Deveríamos ter feito mais com o dinheiro que tínhamos. Foi uma perda para todos os vimaranenses e para o comércio tradicional”, é a avaliação que Hugo Ribeiro faz e pede que o Município também a faça.

📸 Direitos Reservados

Quanto ao evento para a noite de Ano Novo, o vereador da oposição acredita que havia uma melhor solução do que adiar para o dia de Reis. “Identificavam um local onde pudesse ser feita a festa de passagem de ano, a custo 0, têm o Multiusos”, sugere Hugo Ribeiro.

Em resposta, Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura e do Turismo, assegurou que a avaliação já foi feita, “não com base em achismos”. O socialista sustentou que Guimarães tem-se vindo a afirmar como “uma cidade a visitar no Natal”. Relembrou o “sucesso” dos concertos de natal e ano novo que “esgotaram”, e que a Casa do Pai Natal, quando estava aberta, “tinha sempre fila”. Ainda assim admite: “Não estamos no ponto em que gostaríamos de estar, estamos num caminho, numa evolução”.

“Deitar abaixo esta estratégia é não prestar um bom serviço a estas dinâmicas que implantamos.”

Quanto aos gastos, revelou que o orçamento inicial de 300 mil euros não foi gasto na totalidade e que incluiu iluminação da cidade e freguesias, os concertos e a tenda montada no Toural que não chegou a ser usada no Ano Novo. “Deitar abaixo esta estratégia é não prestar um bom serviço a estas dinâmicas que implantamos”, acautela.

No que diz respeito à passagem de ano, Paulo Lopes Silva está confiante que tomaram a “decisão responsável” depois de reunirem com a Protecção Civil da cidade que, por sua vez, tinha reunido com a Protecção Civil distrital. “Milhares de pessoas em carros a deslocarem-se para a noite de passagem de ano não era responsável”. O vereador afirma que a alteração da data foi “uma solução responsável para não perder o investimento”.

📸 Direitos Reservados

Ponto de situação da Proximcity

O vereador Hugo Ribeiro procurou, ainda, saber qual é o estado actual da aplicação criada para facilitar o contacto entre comerciantes e clientes. O social-democrata questionou se a app tem vindo a ser usada e se se vai continuar a investir na mesma. “Gastaram 70 mil euros para criar a plataforma, juntando a isto 80 mil euros para apoios nos vouchers e mais 40 mil para garantir entregas”, revela. Deixa, também, questões ao executivo socialista: “quantos comerciantes têm conta activa, qual foi o volume de negócio no último ano, quantas transacções foram feitas no mesmo ano, quantas descargas, o valor de vouchers, montante descontado, quanto vai ser gasto para manter a app?”.

Paulo Lopes Silva garante que a plataforma “não vai ser abandonada”, sustentando que o e-commerce é “inevitável”. Admite, no entanto, que é necessário investir mais na mesma e que o actual número de adesões “não tem retorno”. Ainda assim, acredita que a app “é central” para a estratégia dos bairros comerciais digitais, para os quais espera adquirir fundos europeus e projecta dois milhões de euros. O presidente da Câmara, Domingos Bragança, argumenta que também cabe aos comerciantes “tratarem dos seus negócios” no que diz respeito a dar dinâmica à aplicação.

📸 GA!

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