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Sábado, Outubro 12, 2024

AM: unanimidade sobre Plano de Acção Climática ‘furada’ pelo BE

Economia

A abstenção de Sónia Gonçalo, do Bloco de Esquerda, destoou do consenso geral e da possível unanimidade dos deputados na votação do Plano Municipal de Acção Climática de Guimarães (PMAC).

Sónia Gonçalo, Bloco de Esquerda. © GA!

O consenso amplo gerado em torno deste documento abrangeu PS, PSD e CDS-PP. CDU, IL e Chega. Isso não impediu alguns deputados de apontarem algumas insuficiências e medidas que devem ser consideradas nas boas práticas ambientais à medida que se for aplicando este plano.

André Ferreira (PSD) afirmou mesmo que “Guimarães tem sido bom aluno” no que toca às políticas e medidas implementadas no âmbito do processo da Capital Verde Europeia. O sentimento geral – já havia sido manifestado com a unanimidade entre os vereadores na reunião da Câmara Municipal – é que as forças políticas se entendem absolutamente nesta matéria.

André Ferreira, PSD. © GA!

E nem mesmo os reparos que o documento mereceu, retira essa transversalidade de apoio a que se juntou o elogio feito à equipa técnica que promoveu a redacção do Plano Municipal de Acção Climática.

Por exemplo, o deputado do PSD alertou para o facto de, em nenhum dos seus três rios concelhios, existir uma única praia fluvial e de que não deve continuar a desperdiçar-se 33% da água captada no rio Ave.

Torcato Ribeiro, CDU. © GA!

Torcato Ribeiro (CDU) lembrou que esta boa prática ambiental de Guimarães já vem de 2012, defendendo que se deve continuar a aprimorar a política municipal no ambiente através de selecção de investimentos, reflectindo sobre o aproveitamento dos recursos hídricos do concelho, da energia e da mobilidade com efeitos directos no ambiente e das medidas “que não saem do papel”.

“Perdeu-se uma oportunidade de instalar no Teatro Jordão painéis foto-voltaicos, durante a sua construção, tal como nas escolas (frias no Inverno e quentes no Verão) e na recuperação do edifício da Biblioteca Municipal” – disse Torcato Ribeiro, dando exemplos de como se poderia ir mais longe fazendo de Guimarães um concelho mais sustentável em termos de energia verde.

Recordou que “temos ainda algum caminho para percorrer”, nos modos suaves de circulação e nos transportes públicos. E pediu uma resposta à Câmara sobre a oferta de mais linhas do inter-cidades e alfa pendular, para incrementar o uso destes meios de transporte pelas populações.

Pedro Teixeira dos Santos (IL), falou de “um concelho que tem sido incapaz de se libertar do seu passado industrial poluente”, falando da ferrovia eléctrica, e da recolha gratuita de animais, da necessidade de mais postos de abastecimento para veículos eléctricos, bem como da limpeza de alguns aquíferos.

Pedro Teixeira dos Santos, Iniciativa Liberal. © GA!

José Fonseca (PS) falou do PMAC como “instrumento essencial no combate às alterações climáticas” e fazer de Guimarães “um concelho ambientalmente neutro até 2030”.

Adelina Pinto na ausência de Domingos Bragança, dirigiu as respostas da Câmara. E considerou neste caso que o PMAC fez o diagnóstico, elencou algumas acções a implementar, e espera dos vimaranenses “responsabilidade e consciencialização” nas questões ambientais. Disse que o Município já está a incentivar as boas práticas na recolha dos resíduos orgânicos e com o PAYT.

Desabafou, sobre a Capital Verde Europeia (CEV): “não foi por causa dos rios que perdemos o estatuto de CEV, tão só porque não somos uma capital, nem estamos no Báltico…”

© 2024 Guimarães, agora!


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