A ATP vê na quebra de encomendas o factor que justifica novo pedido de lay-off para o sector do têxtil-lar.
Mário Jorge Machado, presidente da ATP, em declarações ao Jornal T, assume que a falta de encomendas já assume proporções preocupantes. Daí que a associação têxtil português procure convencer o governo que já é evidente a necessidade de ter um novo lay-off simplificado que ajude as empresas a enfrentar os desafios que têm pela frente como o desligar das máquinas, o mais recomendável do ponto de vista da gestão das empresas.
A ATP justifica o seu pedido com os dados do mais recente inquérito à actividade do sector têxtil que mostraram quebras de produção de cerca de 30% no primeiro trimestre em mais de 57% das empresas.
Estes motivos aconselham a que se recorra ao lay-off, regime já aplicado no sector, em passado recente, e com sucesso.
Nas previsões do presidente da ATP, ainda segundo o Jornal T, o primeiro semestre de 2023 tenderá a ser muito semelhante ao segundo semestre de 2022. O que significa que as empresas vão receber encomendas a um ritmo ‘irritantemente’ contido – com a inflação a exercer sistematicamente forte impacto no consumo.
As exportações de têxteis e vestuário que “em Fevereiro de 2023, registaram uma quebra de 3% em valor e de 12% em quantidade”, mostram o impacto que a inflação está a ter no bolso dos consumidores.
“Nestes dois meses, registámos uma quebra na maioria dos principais destinos de exportação.”
“Estamos seguramente a exportar menos por mais valor, facto que se deve à inflação que se regista na maioria dos mercados e que tem impacto ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento. Nestes dois meses, registámos uma quebra na maioria dos principais destinos de exportação”, justificou Mário Machado.
É neste contexto que Mário Jorge Machado quer um encontro de emergência com o ministro da Economia, António Costa Silva, para lhe propor o regresso, por tempo limitado, do lay-off simplificado – que permite, em comparação com o lay-off ‘normal’, uma resposta muito mais rápida a um problema que já está neste momento a ser colocado às empresas do sector e a ter forte impacto nas contas de exploração.
📸 GA!
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