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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Parar êxodo da população e eleitores pela economia

Economia

S. Torcato mais empreendedor para apoiar PME’s

Pela via do dinamismo e desenvolvimento económico, a Junta de Freguesia quer combater a desertificação de S. Torcato que se acentuou nos últimos anos.

“S. Torcato mais empreendedor” contempla um conjunto de medidas destinadas a apoiar empresas e é uma via indirecta de promover o dinamismo e desenvolvimento económico.

A Junta de Freguesia acredita que com mais empresas, e pequenos negócios, com empreendedores sociais, a Vila de S. Torcato possa crescer em número de residentes, estagnado os sinais de perda de população que se registaram nos anos anteriores.

E pode juntar ao GIP – Gabinete de Inserção Profissional – a funcionar na sede da autarquia, competências de modo a poder prestar serviços a quem se instala na vida empresarial e comercial.

Não será uma tarefa fácil mas Alberto Martins, presidente da Junta, acredita nesta solução “para travar a acentuada desertificação” por fuga de residentes para outras paragens.

E promete “identificar e acompanhar ideias de negócio”, disponibilizar técnicos superiores, em regime Pro bono, aproveitando jovens licenciados que “em regime de voluntariado” poderiam acompanhar empresas, no tratamento de questões mais burocráticas.

A ambição não se fica por aqui, pois o presidente da Junta acredita que noutras áreas, a estrutura voluntária a criar para o efeito podia até ajudar a identificar financiamentos para as empresas e com a ajuda do GIP organizar iniciativas de formação.

A estratégia desta ideia tem como objectivo poder contribuir para a criação de mais emprego e fixar pessoas, o que neste momento é tido como vital para evitar que S. Torcato vá perdendo massa crítica e população, numa altura em que até surgem em S. Torcato projectos da iniciativa privada em ordem à construção de empreendimentos habitacionais que podem fazer com que o cresça o número de eleitores e residentes.

Saber que espaços há ou estão disponíveis para actividades empresariais, se há ou não pavilhões que possam servir empresas, são informações que, por este projecto, se podiam prestar a potenciais investidores.

O que Alberto Martins defende é que a Junta de Freguesia para além de poder alargar o leque de serviços que presta pode ter um papel de dinamizador na economia, acrescentando funções às que já são prestadas na sede da autarquia.

Outro sinal dado na apresentação do projecto “S. Torcato mais empreendedor” é que há ainda muito por fazer na ligação entre artesãos locais – da latoaria, artesanato e escultura – de modo a potenciar o trabalho manual desses artesãos, espalhados pela freguesia mas sem uma estratégia de promoção conjunta. Tal como no turismo, onde a imagem do Santo Torcato e a mais valia do nome S. Torcato não têm correspondência na captação de visitantes.

Ricardo Costa, vereador do desenvolvimento económico, assistiu em S. Torcato à apresentação deste projecto da Junta de Freguesia. E considerou-o um acto de “arrojo” da autarquia local, mostrando interesse em dar o apoio necessário, uma vez que entende que “S. Torcato tem um potencial enorme” e condições para retomar a charneira de ser a sede de um projecto de desenvolvimento policêntrico com as freguesias vizinhas de Gonça, Selho S. Lourenço/Gominhães, Atães/Rendufe e parte de Aldão.

Acesso ao parque industrial em andamento – Ricardo Costa diz que a Câmara está atenta

O acesso à zona mais industrial de S. Torcato pode vir a ser melhorado com uma intervenção da Câmara Municipal.

Ricardo Costa, vereador do desenvolvimento económico, deu nota de que “o processo está na mãos do presidente Domingos Bragança”, uma vez que se trata de uma obra do seu pelouro e que terá desenvolvimento futuramente, dado já ter sido dado “cabimento orçamental” para a mesma.

O vereador conhece as dificuldades criadas por um acesso estreito, por entre casas de habitação e que junto ao rio fica mais apertado ao chegar perto das instalações das primeiras empresas do lugar do Gilde, onde os camiões TIR são obrigados a manobras difíceis na curva e contra curva que se situa a sul do parque industrial.

Sobre a questão do “S. Torcato Marca” na senda do “Guimarães Marca” o vereador entendeu-a bem como uma estratégia de marketing territorial para valorização dos produtos desta região, e uma forma de alavancar os seus produtos endógenos, por exemplo na agricultura “onde temos boas e grandes produções agrícolas que já visitei”.

É nestas e noutras empresas que Ricardo Costa entende poder-se fazer incubação industrial, uma vertente do empreendedorismo que pode desenvolver a economia local. “As empresas já têm capital, clientes, fornecedores e optando pela incubação industrial as possibilidades de sucesso são ainda maiores”.

“Temos empresas de grande valor em S. Torcato e que estão instaladas na zona do Gilde porquanto é necessário ajudá-las nesta questão dos acessos por onde se escoam as mercadorias e por onde passam muitas viaturas ao longo do dia” – defendeu o vereador.

© 2019 Guimarães, agora!

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