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Terça-feira, Abril 30, 2024
João Salazar
João Salazar
25 anos. Estudante de Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. Presidente da Juventude Popular de Guimarães. Representante da Juventude Popular no Conselho Nacional de Juventude.

Um Orçamento de continuidade sem esperança ou rasgo para o Futuro!

A propósito da apresentação do orçamento de 2023, importa refletir se existe rumo e rasgo de quem, já cansado, governa os nossos destinos.

E, desde logo, se apresenta – como de continuidade. Continuidade de uma política que não atrai cidadãos (antes pelo contrário), empresas (na mesma direção), relevância social e regional. Pois, nem num último mandato se pretende criar marca identitária, para mal sobretudo dos vimaranenses.  

Sem ambição e que nós, os mais jovens e com esperança de mudar, não nos traz confiança em políticas estruturantes que, mais do que propaganda, nos permita trabalhar e viver no concelho onde nascemos ou estudamos.

A habitação é estrutural. Reconhecemos que não se limita ao nosso concelho, mas noutros, medidas de apoio a jovens para combater custos e taxas (como isenção do IMT a jovens com menos de 35 anos ou a redução do IMI), ou a promoção de habitação a custos controlados, o arrendamento jovem, a intervenção no parque habitacional ou o favorecimento e a agilização de áreas para habitação, primam pela ausência. Poderá ser estratégia para colocar no orçamento seguinte ou no posterior, mas continuamos com Guimarães adiada e sem caminho à vista.

Não cria mecanismos e formas de garantir uma elevada adesão a estes meios de transporte.

Na mobilidade, para um investimento de 4 milhões, estou certo de que os vimaranenses mereciam uma evolução positiva no problema da mobilidade dentro do concelho. É incompreensível a forma como o município quer evoluir neste sentido e não cria mecanismos e formas de garantir uma elevada adesão a estes meios de transporte, libertando assim a cidade do trânsito e do automóvel comum

A coesão do território faz-se através de uma mobilidade que sirva todos os cidadãos, especialmente, agora, perante eventos ou períodos festivos. Será importante, ainda, para o dinamismo económico e o reforço do comércio local. Temos insistido neste vector, nomeadamente através da proposta do CDS na Assembleia Municipal, insistindo na gratuitidade dos transportes públicos, dando assim um reforço na utilização destes meios de transporte. 

Não iremos referir, ainda, a redução da competitividade, pela dificuldade de acesso, por ferrovia, a áreas metropolitanas de relevância, como a capital. Estudos e análises fazem-se, mas o Alfa não chega sequer.
Mas qual o foco do Município nos próximos anos?

Necessariamente social, por motivos óbvios, mas num aspeto de manutenção e apoio social, sem medidas que promovam a redução da pobreza (que aumenta) e o incentivo à saída de situações de vulnerabilidade.

Mais ainda, sem criar riqueza (pois não existe dinâmica económica e novas empresas), continua-se a penalizar com taxas elevadas quem persiste em viver e habitar em Guimarães. A Câmara não funciona de Robin Hood, pois já eliminou os ricos em vez de o ter feito aos pobres.

Resta-nos a persistência da juventude, a tal com elevado acesso à ciência e cultura, mas com salários reduzidos e empregos frágeis. Pois temos um orçamento de continuidade, de continuidade na falta de ideias e estratégias, de futuro para a minha geração.

© 2022 Guimarães, agora!


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