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Sexta-feira, Novembro 22, 2024
Teresa Costa
Teresa Costa
Licenciada em RIEP - Relações Internacionais Económicas e Políticas, pela UM. Business Director da Escola de Línguas "Fun Languages-Guimarães", Centro Autorizado de Preparação para exames de Cambridge, Centro Certificado pela DGERT como entidade formadora no Ensino de Línguas Estrangeiras segundo os níveis definidos pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) e Língua e Literatura Materna (Português para estrangeiros).

O conflito na Ucrânia e a crise alimentar

A incerteza e instabilidade que um conflito aporta alteram o normal funcionamento dos mercados, facto que rapidamente se traduz num aumento dos preços e, escassez de alguns produtos alimentares básicos.

A Ucrânia é um dos maiores produtores mundiais de cereais, como trigo, milho e óleo de girassol.

O conflito que vive a Ucrânia pode ter consequências negativas para a segurança alimentar.

A segurança alimentar está relacionada com políticas públicas que visam garantir a qualidade nutricional à população, normas a serem seguidas para garantir que os alimentos cheguem aos consumidores sem risco de contaminação. Assume por isso uma enorme importância.

Mudanças climáticas, aumento da população, conflitos políticos, guerras e perda de terras agrícolas, são alguns dos aspetos que alteram, ou podem levar a alterar, a segurança alimentar de uma sociedade, mais ainda na sociedade globalizada em que vivemos, e que há países que podem restringir a exportação de certos bens, quando enfrentam um ou mais destes aspetos que levam a prever uma crise alimentar.

A indisponibilidade de alimentos e/ou falta de recursos para os obter conduz-nos ao inverso, à insegurança alimentar que pode atingir diferentes níveis de gravidade, como o aumento dos índices de fome, miséria e subnutrição em diversas regiões, nomeadamente as que já se encontram em situação de perigo.

Nas últimas décadas assistiu-se ao abandono das zonas agrícolas, especialmente no interior do país.

Em Portugal, nas últimas décadas assistiu-se ao abandono das zonas agrícolas, especialmente no interior do país e as de maior dimensão.

O envelhecimento da população agrícola, a desertificação e degradação da paisagem rural, os pequenos produtores quase totalmente excluídos, denotam uma desvalorização deste sector económico.

Não se vislumbra qualquer estratégia para recuperar as áreas rurais, para incentivar afixação de populações mais jovens e promover o desenvolvimento da produção agrícola e incrementar este sector da economia.

Quer a nível nacional, quer a nível local, devemos olhar para este enorme problema e perceber que nos afeta e que devemos ter uma atitude mais pró-ativa ao que diz respeito.

Todos somos afetados! Cabe a todos em geral e a cada um em particular, criar condições para mudar de rumo.

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