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Quinta-feira, Julho 10, 2025

Verão, Emoções e Decisões: Quando a Família Se Desfaz em Pleno Sol

Economia

Chegam os dias longos, os reencontros à mesa, as viagens adiadas, os almoços com sogros e as tardes com enteados. O verão é o palco de muitos reencontros familiares – mas também de algumas das maiores ruturas. A ideia de descanso confronta-se, muitas vezes, com o peso do que ficou por dizer, com dinâmicas que a rotina do ano atenuava, e com relações que já estavam por um fio.

Portugal continua a ser um dos países da Europa com maior número de divórcios por número de casamentos. E embora os dados do INE mostrem que o pico de divórcios ocorre entre setembro e novembro, os motivos muitas vezes eclodem durante o verão – quando o tempo obriga a conviver. A verdade é que o que devia unir, às vezes revela o que já separava. O calor não é apenas climático. É emocional.

Numa altura em que tudo parece mais leve, é também quando surgem abusos que passaram despercebidos durante o ano: desrespeito pela guarda dos filhos, falta de comunicação, decisões unilaterais em férias partilhadas. A família – espaço de refúgio e pertença – pode transformar-se num lugar de confronto e desgaste. E é precisamente aí que o Direito da Família cumpre a sua missão: não como punição, mas como proteção.

“O verão não tem de ser um gatilho para o fim, mas pode ser um ponto de viragem consciente.”

Na QUOR, temos acompanhado casos que explodiram num verão e se resolveram com serenidade jurídica. A mediação, a revisão dos acordos, o respeito pelas responsabilidades parentais – tudo pode (e deve) ser repensado antes que o dano seja irreparável. O verão não tem de ser um gatilho para o fim, mas pode ser um ponto de viragem consciente.

Aos que entram nestes meses com receios e dúvidas, deixamos um apelo: escute o desconforto, sim – mas com responsabilidade. Porque proteger uma família também é saber quando parar, quando pedir ajuda e quando recomeçar de forma justa para todos os envolvidos. Se a casa de férias já não é um refúgio, talvez esteja na hora de olhar para dentro – com coragem e com lei.

© 2025 Guimarães, agora!


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