Um golo de diferença diz bem das dificuldades que o Casa Pia colocou ao Vitória durante todo o encontro.
Já ao fim da 1ª parte tinham ficado indícios: o Casa Pia encarou a partida com grande devoção e as situações de perigo junto à baliza de Trmal, sucederam-se umas após outras.
As dificuldades previstas por Pepa aconteceram e só faltou ao Vitória ter ferido de morte o seu adversário. O único golo, apontado por Bruno Duarte, aos 25’, e a réplica constante da equipa lisboeta, são a prova de um equilíbrio lisonjeiro para o Vitória, cuja baliza esteve sempre em perigo ao longo de todo o jogo.
Na 1ª parte, utilizando um contra-ataque seguro, o Casa Pia ameaçou mas não concretizou nenhuma oportunidade. Este ímpeto atacante, manteve-se na 2ª parte porque o Vitória aceitou defender e segurar a vantagem de um golo. E o Casa Pia nunca deu o jogo como perdido, como se viu nos últimos minutos do encontro.
Mesmo com as substituições, o Vitória não melhorou e o pior é que não mostrou ter-se desfeito de alguns vícios da época passada, praticando um tipo de futebol sem garra e sem perigo.
A história do jogo regista mais episódios de ataque dos lisboetas, lances à frente da baliza com o último jogador a falhar por centímetros e Trmal a fazer o resto.
Curiosamente e vendo o Casa Pia jogar em avalanche sobre a intermediária vitoriana, a verdade é que o Vitória nunca utilizou o contra-ataque como arma letal, característica que já vem da época anterior, como se apanhar o adversário em contra pé fosse uma jogada proibida ou um pecado lesa futebol.
A actuação do Vitória, frente a um adversário menos cotado, a exibição da equipa e dos jogadores, deixa motivos de sobra para Pepa reflectir sobre o plantel que tem. Pois, mesmo ganhando a reflexão não pode deixar de ser feita.
O Vitória jogou com: Trmal, Sacko, Jorge Fernandes, Borevkovic, Rafa Soares, Händel (Alfa Semedo 45′), André André (Janvier 75′), André Almeida (Gui 59′), Rochinha, Edwards (Rúben Lameiras 75′), Bruno Duarte (Estupiñán 59′).
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