Sim, é no futebol e não só. Queixamo-nos dos grandes… e alimentamos os grandes: são jogadores, são treinadores. No Vitória contratos de duas ou mais épocas nunca chegam ao fim. Sete meses depois, lá foi Rui Borges. Já treina o Sporting ainda a viver a crise de João Pereira…
O efeito da saída de Rúben Amorim com epicentro em Alvalade atingiu apenas a costa vitoriana, ao jeito de um tsunami… Era inevitável? Já aconteceu com Raphinha e antes com outros.
Saberá alguém o que ganhou – e perdeu o Vitória – com estas transacções e mudanças de comando técnico? Qual o impacto deste vai-e-vem de treinadores?
Mas há sempre alguém a ganhar tanto ou mais que o Vitória nas transferências sem que os sócios saibam. O treinador foi solidário com o Moreirense para vir para o Vitória; e agora não será solidário com o Vitória se for treinar o Real Madrid? Defenderão, isso é impossível, também, quando ingressou no Moreirense era impensável que viesse para o Vitória e chegasse ao Sporting. A possibilidade é a mesma porque ninguém advinha o futuro.
O Vitória forma, complementa a formação, projecta e oferece palco a treinadores e jogadores… e recebe uns trocos. Porque não faz contas, entra no negócio dos “grandes” sem perceber que esses grandes nos ‘comem’… na FPF, na Liga, nos relvados…
E continuamos a sonhar que um dia será… quando podia ser agora que talvez fosse! Mas será que algum dia seremos? Vejo-o apenas na alma, no desejo…
Rui Borges deixa o Vitória a meio de um percurso: nacional – ainda está na Taça de Portugal e na Liga (está no 6º lugar); e europeu (o que fazer ainda na Conference League não consta das previsões). Não conquistou nada e apenas colocou o Vitória na disputa de alguns lugares.
Foi fácil chegar aqui? Talvez, mas o trabalho dá muita sorte… O que irrita no futebol é que uns se alimentem dos outros, os contratos terminem antes do tempo, as cláusulas de rescisão ora são pequenas – e facilmente pagas pelos nossos adversários – ora, são grandes e acabam sempre reduzidas ao mínimo possível.
Continuamos a viver de ilusões, ligados ao passado e ao passivo, como um paciente no Hospital ligado à máquina que lhe garante mais uns dias de vida.
E voltamos a começar, interrompendo um ciclo glorioso que ninguém sabe como acabaria. Volta a resignação, o desconforto, um ciclo novo que começa a meio da época.
Valha-nos, ao menos, que Rui Borges saiu a bem, sem manobras, sem truques mas com uma ida a Lisboa quando ainda era treinador do Vitória…
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