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Guimarães
Sábado, Julho 27, 2024
José Eduardo Guimarães
José Eduardo Guimarães
Da imprensa local (Notícias de Guimarães, Toural e Expresso do Ave), à regional (Correio do Minho), da desportiva (Off-Side, O Jogo) à nacional (Público, ANOP e Lusa), do jornal à agência, sempre com a mesma vontade de contar histórias, ouvir pessoas, escrever e fotografar, numa paixão infindável pelo jornalismo, de qualidade (que dá mais trabalho), eis o resultado de um percurso também como director mas sempre com o mesmo espírito de jornalista… 30 anos de jornalismo que falam por si!

Europa…Nossa!

Não há alternativa à Europa, democrática, solidária e comunitária, para Portugal e para outros países europeus que connosco entraram neste caminho comum, de progresso e de desenvolvimento.

Se a nossa integração é inquestionável e tem virtualidades ainda não exploradas, a Europa oferece, hoje, todas as condições para esquecermos de vez os nacionalismos bacocos que só os detractores desta União defendem.

Como obra inacaba, a Europa tem de dar passos para construir o que falta: uma política comum de defesa que, hoje, se justifica plenamente e que foi sendo adiada; mais harmonia na defesa de políticas comuns na agricultura, nos recursos naturais, na energia; mais solidariedade e muito desenvolvimento económico que crie a riqueza necessária a uma vida mais justa para todos os que habitam neste continente.

Os cidadãos portugueses, tal como os de outros países dos 27, têm de fazer uma espécie de OPA – oferta pública de aquisição – dos valores, vantagens, organização, da União Europeia, defendendo a paz, o bem-estar social e cultural, para além dos Tratados. 

A Europa dos Povos tem de se tornar efectiva, os avanços na política económica têm de se sentir noutras áreas como na cultura, nas políticas de coesão e na União monetária.

E têm de se acabar com as dúvidas sobre que modelo ou vias queremos para uma Europa federal que afaste autocratas e autoritarismos, que elimine extremismos, e que acabe com o isolacionismo que alguns defendem – apenas para satisfazer os seus interesses políticos.

A Europa não pode ser um cavalo de Tróia para alguns países se aliarem a outros.

A Europa não pode ser apenas um cofre ou um banco para investimentos de qualidade duvidosa, de governos ou de autarquias; a Europa não pode permitir que alguns coloquem em causa tratados que subscreveram no momento da sua adesão; a Europa não pode ser um cavalo de Tróia para alguns países se aliarem a outros, tornando-a ingovernável e incapaz de se assumir contra todos os imperialistas.

Uma nova Europa faz-se com a participação de todos e participar e votar – directa ou indirectamente – é uma obrigação primeira e comunitária dos cidadãos e um sinal de cidadania europeia. Porque não se é europeu sem absorver o espírito com que Schuman deu o primeiro sinal da constituição de um grande bloco de países que respeitam a democracia, elegem com regularidade os seus representantes – e não fazem de conta ou brincam às eleições – têm limitações de mandatos para os seus eleitos. E defendem e respeitam os direitos humanos.

Contudo, sejamos sérios: a Europa dos 27 ou 30 tem mais virtudes do que defeitos, e não podemos perder a memória, de tudo quanto se conseguiu, no caso português, com a adesão à Comunidade.

A Europa comunitária é a melhor vacina contra o nazismo, contra os autocráticos, contra os populismos… Mesmo com os seus defeitos a Europa não tem alternativa, porque ao lado o que se nos depara são os regimes totalitários, autocráticos, de um homem só, de uma clique que brinca às eleições… Homens que se impõem pelas armas, fazem guerra invadem países pacíficos, destroem lares e deitam abaixo escolas, hospitais e habitações.

Temos de ser implacáveis na defesa destes valores de liberdade… e não nos iludirmos com nacionalismos que hoje não servem para nada.

Um país, todos os países da Europa – democrática – só estão seguros e a salvo de guerras, se mantiverem um espírito de unidade

Por isso, temos de dar valor ao que temos, construímos e conseguimos. E votando mostramos o que queremos e o que não queremos. Não podemos, como alguns, estar com um pé dentro e outro fora!

© 2024 Guimarães, agora!


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