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Segunda-feira, Abril 29, 2024

Ambiente: há um reconhecimento internacional às boas práticas de Guimarães

Economia

Há um factor comum e um padrão de práticas ambientais na área da sustentabilidade e acção climática em Guimarães que têm merecido reconhecimento internacional.

Recentemente o CDP – Carbon Disclosure Project – que administra o sistema global de divulgação ambiental, desde há 24 anos, produzindo relatórios com os dados mais ricos e abrangentes das acções corporativas e municipais, nas áreas do clima, água, florestas e plásticos – as suas áreas foco – colocou Guimarães na Lista A – que destaca as 120 cidades no mundo com procedimentos e atitudes mais consentâneas com o combate às alterações climáticas.

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Há já a convicção internacional de que estando as cidades a mudar e sendo lugar onde habita mais de metade da população do planeta, de que “a luta contra as alterações climáticas, será ganha ou perdida” precisamente nestes territórios municipais.

Por isso, os governos locais e a suas cidades, de todas as formas e tamanhos, estão, em todo o mundo, a liderar o caminho para um futuro mais resiliente e sustentável. As metas traçadas são evidentemente as de chegar a ter nas cidades zero emissões líquidas de carbono.

O CDP – identificou as 120 cidades – do Canadá às Filipinas – que lideram uma acção concertada na acção ambiental, com ambição e num processo transparente.

Esta classificação que cruza dados em várias áreas, tem vindo a reconhecer o esforço das cidades na “acção climática mais ousada” e onde nasce já o orgulho de celebrar estas conquistas e outras que uma prática administrativa competente dos seus governos, deixam clara a visão e o compromisso de salvar o clima e o planeta.

Há cidades onde o CDP reconhece que o esforço feito nesta dinâmica ambiental passam a integrar o quadro de operações dos Municípios, isto é, o combate contra a poluição do ar e do mar, da água e dos recursos naturais, as políticas territoriais de cuidar bem de cada território, deixaram de ser apenas uma bandeira mas um procedimento regular e próprio das suas competências.

Integrar a Lista A do CDP não é apenas uma moda porque aquela organização internacional, com sedes na Europa e na América do Norte, nasceu com um propósito evidente: o de assinalar quem tem melhores práticas na sua luta contra o carbono, o que vem monitorizando desde 2000. E são cada vez mais rigorosos os critérios de observação sobre que cidades deve continuar a figurar nesta Lista A.

Joaquim Carvalho, Sofia Ferreira e Dalila Sepúlveda marcam o ritmo da política ambiental municipal. © Direitos Reservados

É importante, no entender do CDP – que qualquer cidade deve divulgar publicamente os dados que confirmam a sua aposta em processos de luta contra a acção climática, ter um inventário sobre as emissões libertadas para a atmosfera em toda a cidade e possuírem um plano de acção climática. Todos estes itens são cumpridos por Guimarães.  

E os critérios de pontuação das metas de redução das emissões foram alinhadas com as metas climáticas definidas pela ciência. Ao mesmo tempo, as cidades são obrigadas a concluir uma avaliação de risco e vulnerabilidade climática, tal como uma meta para demonstrar que se adaptará aos perigos climáticos.

Recentemente, em Paris, o vereador da Cultura, Turismo e Transição Digital recebeu o certificado que coloca Guimarães na Lista A do CDP, numa cerimónia em que participou Dalila Sepúlveda, da Divisão do Ambiente do Município a quem foi entregue o CDP Awards Europe.

Um acto importante participado por quem está atento ou tem um papel neste combate às alterações climáticas, como Ambroise Fayolle, vice-presidente do Banco Europeu de Investimento, Emanuelle Assouan, directora-geral de Estabilidade Financeira e Operações no Banque de France e co-presidente do Grupo de Trabalho da NGFS sobre a Perda de Biodiversidade, Marina Silva, ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Michiko Suga, representante do departamento europeu do Banco Asiático de Desenvolvimento, Santiago Lefebvre, fundador e CEO da ChangeNOW, Sherry Madera, CEO do CDP, e Clover Hogan, activista e fundadora da Force of Nature.

“Estamos no bom caminho, mas ainda há muito trabalho a desenvolver na transição verde.”

O vereador Paulo Lopes Silva sublinhou o “compromisso contínuo do Município, cidadãos, instituições de ensino e empresas de Guimarães com as políticas que minimizem os impactos das alterações climáticas”. E continuou: “Este reconhecimento é muito relevante, porque conseguimos estar entre as 22 cidades europeias que atingiram a Lista A do CDP, revelando o sucesso e a transparência das estratégias adoptadas no concelho, aliado ainda à transição digital”. “Estamos no bom caminho, mas ainda há muito trabalho a desenvolver na transição verde, no qual o Bairro C – carbono zero terá certamente um papel preponderante, enquanto local de desenvolvimento de projetos que podem posteriormente ser replicados, servindo também de exemplo para outras cidades”, concluiu.

Recorde-se que a certificação do CDP, recebida em Paris, é mais um entre outros prémios e reconhecimentos que ilustra bem o posicionamento político da Câmara na área ambiental e a qualidade dos técnicos municipais ligados a esta causa.

Vejamos, a lista em que as iniciativas sobre a sustentabilidade e a acção climática mereceu menções positivas:

2022:
Guimarães foi seleccionada como uma das 12 cidades europeias para assumir o papel de Cidade Piloto na Iniciativa Cidades e Regiões Circulares, sendo ainda a única cidade portuguesa com esse estatuto. O programa conta com cidades pertencentes a 18 países diferentes.

  • Guimarães foi uma das 100 cidades escolhidas para a chamada ‘Missão Cidades’‘Cidades com Impacto Neutro no Clima e Inteligentes até 2030’ da União Europeia. Em Portugal, foram seleccionadas as cidades de Guimarães, Lisboa e Porto, de entre 362 candidaturas internacionais;
  • Atribuição dos Selos ODSlocal’22, nas categorias Desempenho Municipal e Dinâmica Municipal.

2023:
Guimarães é o Município português com o maior número de freguesias – um total de 19 – galardoadas com bandeira verde da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Este prémio distingue as freguesias com melhores práticas de sustentabilidade ambiental, socioeconómica e cultural, adoptadas ao longo dos últimos dois anos. No escalão de freguesias com até dez mil habitantes, Caldelas foi considerada, a nível nacional, a eco-freguesia com melhor índice, tendo o Programa de Termalismo Sénior sido considerado uma boa prática no âmbito do indicador Saúde e Bem-Estar.

  • Guimarães foi a única cidade portuguesa escolhida como pilot no programa NetzeroCities, projeto europeu financiado pelo Horizon 2020 que escolheu 53 cidades europeias para testar abordagens inovadoras em direção à transição climática urbana, com o projeto ‘Bairro C: Compromisso de Carbono Zero’;
  • Atribuição dos Selos ODSlocal’23, nas categorias Desempenho Municipal e Dinâmica Municipal;
  • O Jardim do Monte Latito – que renovou o prémio atribuído nos dois anos anteriores – e o Parque da Cidade – pela primeira vez – foram galardoados com o prestigiado Green Flag Award (Prémio Bandeira Verde);

2024:
Atribuição do Selo da Missão Cidades, pela Comissão Europeia, que reconhece o compromisso de Guimarães para alcançar a neutralidade climática até 2030, inscrito no Contrato Climático submetido. Deste documento, são também parte integrante um Plano de Acção e um Plano de Investimentos que enumeram as acções a desenvolver para atingir o objectivo até 2030, muito antes da meta europeia, fixada para 2050.

  • Atribuição da Lista A do CDP do ano 2023. Guimarães é a única portuguesa numa lista de 22 cidades europeias nomeadas líderes na transparência e acção ambiental pelo CDP, uma organização que gere o sistema mundial de divulgação ambiental. Todas cidades da Lista A, segundo o CDP, adoptam quatro vezes mais medidas de adaptação e de mitigação às alterações climáticas do que as cidades não incluídas.

© 2024 Guimarães, agora!


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