As férias terminaram e com isso o regresso ao trabalho, à rotina e à correria pesarosa do dia a dia. Acabou a agradável pachorrice dos dias sem hora para isto e para aquilo. Adeus praia, convívio com a família e amigos que muitas vezes só vemos uma vez por ano.
Adeus festas mais ou menos de arromba, que nos fizeram, por instantes esquecer todos os problemas de dentro e fora de fronteiras, como a influência que uma guerra tem na vida de todos nós.
Como os sinais que o planeta tem vindo a dar desde há muito e que muitos não quiseram ver. Como os hábitos de consumo e o capitalismo desenfreados que cegam alguns atores nas escolhas que afetam todos.
E, se as questões externas nos devem preocupar o mesmo acontece com as internas.
O verão foi devastador no que toca a incêndios. A falta de uma política eficaz para o território, as falhas na fiscalização e limpeza dos terrenos, os desentendimentos entre Bombeiros e Proteção Civil e como corolário, as declarações da Secretária de Estado da Administração Interna, dando a entender que os Bombeiros é que não sabem manusear corretamente os equipamentos.
Na saúde, mais do mesmo. O enfraquecimento do SNS, tornando-o incapaz de responder às necessidades do país (ainda que o governo diga o contrário), afasta os profissionais e empurra-os para fora do SNS. O encerramento intermitente de serviços hospitalares, todos os constrangimentos e até mortes, validam as posições do Bloco de Esquerda.
Marta Temido não resistiu, mais que isso, caiu pelas escolhas políticas do PS, que mesmo com maioria é incapaz de tomar medidas que nos afastem da crise.
Vejamos as medidas apresentadas esta semana, insultuosas para a inteligência dos portugueses.
A redução do IVA na eletricidade é um truque barato, nomeadamente quando caminhamos para o inverno e sabemos bem quanto custa aquecer as nossas casas. Os 125€ para quem receba menos de 2.700€ não resolvem o problema do aumento dos preços, pois que o problema é mesmo esse.
O que se impunha era a aplicação de tetos máximos nos preços de bens essenciais, mas isso iria beliscar as relações com os grandes grupos e Costa não está para isso.
Quanto aos pensionistas estamos falados. Tomem lá agora meia pensão extra, em janeiro injetamos metade do aumento a que tinham direito, pois que a maioria concedida me permite isso e muito mais. Este é um desejo antigo de Costa, engordar as contas públicas congelando as pensões.
Este é um governo de maioria e age como tal. Compete a quem votou PS reconhecer que foi enganado e agir também.
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