Marchamos a passos largos para o aniversário mais irónico das últimas décadas (único desejamos todos certamente), e que obrigou a uma paragem mundial nas rotinas que até então eram vividas em versão automática. Dá a sensação de estarmos numa fila interminável de trânsito, entre um pára e arranca constante onde as indicações que são dadas não resolvem o caos em que nos encontramos.
O cansaço desta situação é evidente e palpável por todos, refletindo-se numa degradação diária da nossa sociedade. Entre avanços e recuos, verificamos que não existe “sistema humano” que seja superior e infalível a uma determinada condição patológica que se “alastra” em velocidade cruzeiro e suprime as diversas tentativas de bloquear as consequências daquilo que é o comportamento do homem.
Diariamente a pressão existente sobre quem é o culpado por este “derramar de óleo” parece ser mais essencial do que realmente importa, que consiste em direcionar os recursos possíveis para um modelo de gestão organizacional que seja prático, perspicaz e efetivo e que valide os esforços de todos aqueles que lutam verdadeiramente para nos levar a bom porto.
O erro de uma má escolha no presente deve servir de lição para o futuro e de um adquirir de conhecimento. Não há descrição possível para o enquadramento deste quase um ano de sobrevivência, em que somos dirigidos por uma era digital que sendo uma via de comunicação útil, carece em simultâneo de afetos e emoções.
A condição humana é muito débil, e isso é uma das lições intrínsecas a este vírus, daí a necessidade de seguirmos uma rota esclarecedora e rica em entreajuda e sentido cívico. Algumas problemáticas como a pobreza extrema, o envelhecimento mundial e a energia nuclear massiva continuam a ganhar terreno enquanto não anularmos esta pandemia.
Longe de mim querer passar uma ideia de perfeccionismo idílico, porém existem ajustes que só nós enquanto máximos utilizadores deste planeta único, podemos realizar na busca de mantermos o mesmo o mais equilibrado possível, juntamente com todas as outras espécies identicamente fundamentais que vivem em direito de igualdade connosco.
Enquanto continuar a coexistir um individualismo e um egocentrismo atroz sobre as adversidades impostas por situações idênticas à que presenciamos atualmente, dificilmente conseguiremos superar os obstáculos.
O surgimento de múltiplas vacinas veio atribuir uma esperança a todo este trajeto sinuoso, no entanto, a atribuição das mesmas será certamente um processo longo e discutível, ainda que com o desejo da maior brevidade possível na sua administração.
Porque a angústia é diária e o desmoronar da motivação em dias melhores esteja a crescer é fundamental resistir e encarar a realidade com esperança de que o futuro será uma nova oportunidade para todos nós.
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