É tempo de Natal… Nesta quadra, os sentimentos como a alegria, união e família estão ainda mais presentes. É uma época especial, onde somos impelidos a partilhar e a sermos ainda mais solidários.
Sabemos que o Natal reveste-se de uma importância central nas famílias e sobretudo nos emigrantes. Desde tenra idade, que me assalta à memória, todos aqueles que vivem o drama da solidão ou que pelas mais diversas razões passarão o Natal sozinhos. Este sentimento é avolumado, sabendo da fragilidade destas pessoas, para quem o Natal não é mais do que uma simples palavra, apenas mais um dia e onde não se podem encaixar sentimentos como família ou partilha.
A verdadeira essência do Natal está efetivamente no sentimento e neste particular os nossos emigrantes vivem com uma intensidade única. A privação que a pandemia por covid-19 nos tem trazido, impedindo todos quantos foram procurar uma vida melhor la fora, de regressar ao seu berço, onde tem raízes e são verdadeiramente felizes é totalmente avassaladora.
Os nossos emigrantes vivem esta quadra, numa soma de sentimentos, aliando todos aqueles que atrás referi com o mais Português de todos a enorme e eterna “Saudade” de Portugal. Para eles em particular e sobretudo para os que voltarão a não poder consoar na sua terra Natal, quero-lhes deixar uma palavra especial de conforto.
Uma palavra de apreço especial ainda a todos quantos trabalham nesta quadra festiva, em especial aos profissionais de saúde, assoberbados com uma pandemia ainda por controlar e que “trocam” os afetos do seu seio familiar, pelo cuidado com quem precisa de tratamentos de saúde.
Que 2022 traga consigo uma nova luz ao mundo, fundamental nestes temos de invernia que vivemos.
Esta é ainda a quadra da esperança. Esperança na recuperação dos nossos tradicionais hábitos de vida, de convívio e afetos. Esperança numa retoma global, desde a economia aos aspetos sociais e que 2022 traga consigo uma nova luz ao mundo, fundamental nestes tempos de invernia que vivemos.
Os Portugueses como um povo latino que são, alimentam-se de afetos, toques e beijos. Os Portugueses levam ainda para cada Natal a alma de quem já partiu, com quem partilhou um dia a sua noite de consoada, tão especial e imemorial.
Assim, é tempo de Natal, de sermos o mais felizes possível, dando, recebendo, partilhando, mas sobretudo mantendo na memória todos aqueles que sofrem nesta quadra, com uma ferida aberta em jeito de saudade…
Um Santo Natal e um Próspero Ano 2022
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