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Sábado, Maio 4, 2024

Paulo Silva: “Esta é a hora de, com pés e cabeça em Guimarães, construir 2025, com todos e para todos”

Economia

Foi apoiante de Sofia Ferreira à anterior eleição para a concelhia do PS e autor da moção com que se candidatou.

Passou a nº 3 da lista da vereação com uma mão cheia de áreas de poder, afirmando-se nas divisões da Cultura, Turismo, Pessoal e Sistemas de Informação.

Alguns socialistas não o reconhecem como ‘o Messias’, apesar da aceitação de boa parte dos militantes.

Paulo Lopes Silva abalançou-se a correr, lado a lado, com Ricardo Costa, na disputa do poder da concelhia do PS Guimarães, numa eleição que pode ter mais candidatos mistério, tal é a apetência pelo poder que deriva da administração municipal.

Evidenciando uma visão do futuro, consistente, perceptível e concreta, solidificada no núcleo de poder autárquico e das suas ramificações, Paulo Lopes Silva quer reforçar o papel do partido na sociedade vimaranense e dar mais força ao PS Guimarães, de modo a torná-lo verdadeiramente influente a nível nacional, mais activo a nível local, promovendo diálogos, discussões, reflexões e auto-críticas, como faz um partido democrático e aberto.

O actual vereador da Cultura e Turismo, apresentou-se com um projecto político a roçar a novidade, abrangente, sem esquecer o legado de várias gerações de homens e mulheres que contribuíram para a afirmação do partido a nível local.

Mostrou sinais evidentes de fomentar a união partidária para lá da disputa interna, afectada que ficou desde o início do actual mandato autárquico.

Com uma linguagem clara, nunca se escondeu na sombra das palavras e dos conceitos, pôs o dedo na ferida da fragilidade interna, de um PS espartilhado por aqueles que pregam a democracia mas colocam o ‘Eu’ muito acima do ‘Nós’, e acabar com dois partidos dentro de um só.

Revelou-se mais democrata do que outros putativos líderes com ideias cristalinas sobre o que fazer do partido e do Município – se for o PS a continuar a conquistar o voto dos eleitores vimaranenses.

O seu discurso tem nuances de quem não quer ser ‘o chefe’ mas um agente de mudança sempre activo, colaborante e dinamizador dos quadros e valores socialistas.

Lê-se, nas palavras do seu discurso, uma visão prospectiva para o futuro de Guimarães, assente na continuidade das políticas municipais traçadas e algumas ainda não concretizadas, sem prejuízo do aprofundamento desse querer socialista sobre o desenvolvimento municipal, definido, primeiro com os militantes e depois com a sociedade civil.

Nos verbos e nos adjectivos das suas frases, Paulo Lopes Silva é aberto, claro, nada monocórdico, sem lugares comuns, com esperança. A sua voz fresca com ideias que fazem sentido, dão a ideia de poder ser um percursor das qualidades do novo pessoal político, sem manhas, que gosta de se afirmar à luz do dia e não na penumbra.

Não esquece as raízes do partido – e funda nelas a sua convicção de como há-de catapultar Guimarães no pós-Domingos Bragança. Quis apenas mostrar o caminho – de um partido unido e virtuoso – sem desejar escolher o traçado de um percurso comum.

Projecto político claro

Se vencer as eleições para a concelhia, Paulo Lopes Silva quer iniciar o processo de escolha dos autarcas das freguesias, com “princípios transparentes e inclusivos”: os actuais presidentes da Junta serão todos convidados para o próximo mandato, se não estiverem abrangidos pela exclusão natural e legal do exercício dos três mandatos consecutivos; os actuais que não se podem recandidatar serão ouvidos na escolha dos seus sucessores e noutras freguesias os militantes e simpatizantes serão chamados a cooperar no processo de escolha.

“Tudo sem arrastar os pés” – salientou e apenas com a lógica de apresentar projectos vencedores.

O PS defenderá a reversão das desagregações das uniões de freguesias, projecto que está no Parlamento.

No Município, Paulo Lopes Silva defenderá “com orgulho e convicção a continuidade do projecto político autárquico” em curso.

E no distrito, mostra “ambição de fazer da concelhia de Guimarães uma voz forte”. Lembrou o exemplo, seguido antes das Legislativas de 2024, de que a secção de Guimarães deve ter “uma representação digna” no Parlamento com um mínimo de dois deputados elegíveis, como se viu nas últimas cinco legislaturas.

Também nesta afirmação regional e nacional, não usará o chavão da renovação, “desperdiçando quadros que estejam no caminho de afirmação”. E sustenta para a valorização dos quadros vimaranenses nas dimensões regionais e nacionais com “a unidade e compromisso”.

Não rejeitará o passado do partido em Guimarães. Lembrando as vitórias consecutivas desde 1989, Paulo Lopes Silva deixa claro que “temos orgulho no legado de Manuel Ferreira, António Magalhães e Domingos Bragança”. E continuará a afirmar esse legado por inteiro.

Sobre o futuro e as propostas com que se coserá o futuro programa eleitoral, Paulo Lopes Silva abriu horizontes para “novas formas de fazer e de pensar, novas ambições colectivas que nos motivem a querermos mais”. Na nova visão do futuro, inclui a projecção de Guimarães “como cidade modelo para o país”, e a continuidade da ligação com a Universidade em projectos transformadores como a ‘Fábrica do Futuro’, a aposta na inovação, o HUB para a engenharia aero-espacial, a diferenciação do tecido económico pela via da bio-engenharia, da agricultura, da transformação das indústrias tradicionais em indústrias de base tecnológica.

Na continuidade das políticas municipais, de que não se quer divorciar, referiu as da Habitação, da Mobilidade, acrescentando um novo olhar sobre a internacionalização e a afirmação de Guimarães “pela promoção das inúmeras potencialidades deste concelho, pela atracção do investimento e fixação de quadros qualificados ou da procura turística”.

Há uma proposta nova: a de promover um ‘Forúm sobre o Futuro’, liderado por José João Torrinha, em Setembro, em que participaram militantes, simpatizantes e independentes.

“É uma reflexão colectiva sobre este caminho de futuro, de forma aberta, num partido que sabe afirmar o seu projecto político mas também abrir-se à sociedade, aos profissionais, às instituições e às empresas” – salientou.

Mais a nível partidário, promoverá um plenário de militantes como boa prática de auscultação e construção e partilha de ideias, retomando as jornadas parlamentares dos eleitos para a Assembleia Municipal. Ter mais proximidade com a Juventude Socialista e as Mulheres Socialistas, é outra intenção de aumentar a participação efectiva dos militantes na vida interna do PS e na definição das suas políticas.

Paulo Lopes Silva não teve qualquer tabu em abordar o que está na base da desunião do partido. Historiando o anúncio de “uma candidatura à estrutura socialista que se propunha preparar no imediato 2025”, lembrou que isso aconteceu “no primeiro dia de quatro anos do mandato, quando tínhamos reforçado a maioria”.

“Não houve capacidade de unir, deixando-se atrasar processos prioritários”, como é o caso da substituição de 15 presidentes de Junta que acabam os seus mandatos. Admitiu que “não foi feito trabalho nenhum” e advogou que é necessário “avançar nesse trabalho, construindo com todos e sem lógicas eleitorais internas”. Afirmou, de forma desprendida, que “os melhores não são apenas aqueles que estão nesta sala”, um sinal de abertura ao diálogo que só será possível, agora, depois das eleições de Julho.

Frases e pensamentos

“Desengane-se quem dentro do PS pense que conquistar 2025 é feito por alternativa ao projecto político que tem merecido a confiança dos vimaranenses.”

“Tem faltado à nossa governação, ao longo destes dois anos, um partido que celebre as conquistas, defenda na adversidade e seja suporte político de Câmara, Assembleia Municipal e juntas de freguesia.”

“Esta Guimarães cidade onde é bom viver, é um legado do Partido Socialista que a todos nos enche de responsabilidade de proteger e cuidar do futuro.”

“Os melhores não são apenas aqueles que estão nesta sala e nesta candidatura.”

“É com base neste projecto político que nos apresentamos a unir o partido e a renovar o compromisso com os vimaranenses.”

“E nesse compromisso de abrir o partido, queremos aprofundar a relação com os nossos militantes… É que abrir o partido não é apenas abrir as portas da sede. É ouvir as pessoas, é ouvir cada um e cada uma daqueles que queiram contribuir com projectos e ideias sobre o futuro.”

“Mas esta afirmação regional e nacional só se poderá fazer se deixarmos o nós prevalecer sobre o eu. Se as decisões não forem tomadas com medo das sombras ou por táctica política interna.”

“Estamos a cerca de um ano e meio das próximas eleições autárquicas. Temos de nos concentrar em Guimarães. Com os pés e a cabeça em Guimarães.”

“Com disponibilidade para me concentrar em Guimarães, sem distrações, sem desvios de trajectória, prevalecendo a política sobre a táctica.”

© 2024 Guimarães, agora!


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