As margens do rio Ave vão ser reabilitadas até 2023, com corte e limpeza de vegetação e a criação de trilhos ecológicos.
O governo assumiu a reabilitação e valorização fluvial em 30 projectos de âmbito nacional, de rios, numa extensão de 150 quilómetros de linha de água. O rio Ave foi contemplado, desde a nascente à foz, numa extensão de 40 quilómetros.
António Costa, Primeiro Ministro, homologou o acordo que havia sido firmado entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e alguns Municípios, o que permite também incluir nesta reabilitação do rio Vizela e abrangerá os afluentes do Ave, como o Selho.
O valor deste investimento na reabilitação e valorização fluvial é de 50 milhões de euros e vai ser concretizado até 2023.
O Primeiro Ministro esteve, em Coimbra, a homologar a intenção e acordo entre a APA e os Municípios e considerou este acto como “um pré-aquecimento do Plano de Recuperação e Resiliência e um programa de descentralização para activar as várias dimensões em torno da economia, em parceria com os Municípios”. Na sessão, agradeceu ainda aos autarcas “todo o esforço que têm feito no combate à pandemia, uma situação que nunca nenhum de nós imaginou enfrentar”.
“Devolver o rio Ave e os seus afluentes aos vimaranenses para que possam fruir e viver a natureza, proteger o habitat e fazer com que o futuro seja ambientalmente sustentável…”
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança defendeu a “importância do Parque Linear da Biodiversidade” que vai unir a Ecovia do Ave e a Ecovia do Selho, com a criação de pontos de interesse ao longo do percurso. “Trata-se de um projecto inclusivo, que tem por objectivo devolver o rio Ave e os seus afluentes aos vimaranenses para que possam fruir e viver a natureza, proteger o habitat e fazer com que o futuro seja ambientalmente sustentável, num trabalho colaborativo com a comunidade, as Brigadas Verdes e o meio escolar”.
Por sua vez, João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Acção Climática, realçou o papel dos rios. “São uma excelente linha de corta-fogo, que convidam ao passeio e à sua fruição”, sintetizou. “Vamos intervir nos principais rios portugueses, como é o Ave! Após o seu grande projecto de despoluição há 25 anos, não sofreu mais nenhuma intervenção”. Acrescentou que “o comum das pessoas não quer saber se a gestão do seu rio é da competência da Câmara ou do Governo. Querem é saber se está limpo…”
José Pimenta Machado, vice-presidente da APA, lembrou que “Domingos Bragança criou uma estrutura própria para combater a poluição do rio Ave”, pois “estamos todos empenhados em ultrapassar e resolver esta situação”, concluiu.
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