No comício de Verão, realizado no jardim da Alameda, os eleitos CDU pediram que os bancos paguem os aumentos de juros, ao mesmo tempo que lutam por aumentos de salários e melhoria dos serviços públicos.
Inês Rodrigues, eleita na Assembleia Municipal de Guimarães, falou em nome do colectivo local da CDU e destacou os temas da habitação e mobilidade.
“Guimarães padece de histórico défice de habitação: faltam casas para arrendar e mesmo as construídas para venda não satisfazem as necessidades.”
A autarca da CDU referiu “Guimarães padece de histórico défice de habitação: faltam casas para arrendar e mesmo as construídas para venda não satisfazem as necessidades” – disse.
Não esqueceu “as rendas insuportáveis para quem vive com os salários mínimos da têxtil e afins, ou com as baixas reformas”.
Uma realidade social ajuda a perceber que “Guimarães não atrai nem fixa a população jovem”; e para resolver este problema não é possível continuar “à espera de uma solução mágica do mercado, como maioria municipal do PS tem feito, mas sim intervir com mais habitação pública, com a reabilitação das casas degradadas e colocando-as à disposição da população, de quem vive do seu trabalho e ainda assim não consegue ter uma casa, em consequência da especulação, dos baixos salários e reformas de miséria”.
Inês Rodrigues defendeu ser “necessário que a Câmara dinamize uma política municipal de habitação capaz de dar resposta aos diversos segmentos da procura”.
Também as questões de mobilidade, entraram no discurso da eleita da CDU. “Exigimos – declarou – a municipalização dos TUG – Transportes Públicos de Guimarães, único modelo de gestão que possibilita uma intervenção camarária de acordo com as conhecidas necessidades de transportes mais baratos, mais confortáveis e fiáveis, mais frequentes e mais pontuais, alargados a todo o concelho”.
A proposta do PCP de aposta no transporte ferroviário, também foi evocada com a construção da ligação directa entre Guimarães e Braga como da maior urgência. “É inaceitável que a situação actual de demora de mais de, pelo menos, 1h15 neste percurso”.
Mariana Silva, membro de ‘Os Verdes’ lembrou “os tempos economicamente frágeis que vivemos, que se agravam com a subida dos juros, com o preço dos bens essenciais a aumentar de dia para dia, com os salários a não responderem às necessidades, tende-se a esquecer ou desvalorizar as questões ambientais”.
Em tempos de crise climática, Mariana falou dos projectos delapidadores que usam causas supostamente ambientais e termos apelativos, como, “transição energética”, “descarbonização da economia”, “economia circular”, entre outras, para “nos convencer da benevolência das suas novas oportunidades de negócio e para fugirem a responder às exigências e regras de protecção ambiental, para, assim os seus projectos avançarem mais fácil e rapidamente” afirmou.
Referiu ainda que os eleitos da CDU no distrito de Braga apresentaram, nas diversas assembleias municipais, moções que defendem para esta população passes a preços acessíveis como acontece nas áreas metropolitanas, fruto do PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos. “Uma medida, que tem a marca da CDU, foi, sem dúvida alguma, uma das mais importantes para o ambiente dos últimos anos, com milhares de carros retirados das estradas, mas ainda não se estendeu a todo o país e, por isso, a CDU continua a lutar para que em todo o território português todos tenham o direito à mobilidade, exigindo para isso investimentos do Governo que tenham em conta as realidades distintas de cada região”.
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