A proposta de discussão pública da revisão (2ª) do Plano Director Municipal foi aprovada com os votos dos vereadores do PS e a abstenção da coligação Juntos por Guimarães.
“Não podemos apreciar em cinco dias o que levou cinco anos a fazer.”
Ricardo Araújo justificou que “não podemos apreciar em cinco dias o que levou cinco anos a fazer”. Defendeu que o PS não teve “o cuidado de nos ter ouvido com uma apresentação prévia”.
Prometeu “uma posição concertada e mais detalhada” com os princípios constantes de um documento que “já devia ter sido apresentado”, há mais tempo.
No entanto, não deixou de concordar com três dimensões do documento – cuja apresentação coube a Pedro Sousa, responsável pelo Urbanismo, na Câmara Municipal – nomeadamente a do aumento das áreas de construção para habitação e das áreas de desenvolvimento industrial, que totalizam cerca de 500 hectares do território.

Ricardo Araújo identificou a terceira área que a coligação do PSD/CDS-PP sempre defendeu: a dos canais dedicados à mobilidade e que ligam Guimarães a Braga, Vila Nova de Famalicão e Lordelo, bem como a duplicação da linha férrea.
Acrescentou que “se hoje estamos perante uma revisão que prevê um aumento do solo urbano em cerca de 9% e mais áreas para habitação e acolhimento empresarial é porque a anterior revisão apontou em sentido contrário e privilegiou áreas verdes e redução de áreas de construção em 20%”.
Domingos Bragança informou que a discussão da proposta, ainda em fase de participação dos cidadãos, teve dois mil contributos. E que a proposta de revisão que agora vai ser discutida tem mais 500 hectares para áreas de habitação e indústria, mantendo as preocupações com a sustentabilidade ambiental. Recordou a adopção pela implementação de contratos de planeamento que seguem em paralelo com as alterações do Plano Director Municipal.
Sobre prazos, a revisão do PDM poderá ter de esperar mais 60 dias para estar pronta a ter força de lei. Há cerca de 15 dias para cumprir com algumas burocracias, mais 30 dias ininterruptos para a discussão pública e apresentação de mais vendas pelos cidadãos, para depois ser aprovada na Câmara e Assembleia Municipal. A proposta seguirá para publicação no Diário da República e ficará pronta, finalmente, durante o mês de Julho.
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