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Quinta-feira, Abril 25, 2024

Vitória: o galo de Barcelos cantou quatro vezes

O Gil Vicente ganhou o jogo na 1ª parte, o Vitória ressurgiu na segunda sem pôr em causa a vantagem dos gilistas.


Um Gil Vicente atrevido, organizado, praticando um futebol simples mas intencional sentenciou a partida com um claro 3-1 nos primeiros 45’. A equipa de Barcelos cedo denunciou a sua intenção, utilizando um sistema que começou a dar golos: saída rápida da sua intermediária levando a bola até ao meio campo contrário com intencionalidade.

Esta forma de actuar notou-se que deixava o Vitória à toa, sem soluções para contrariar um adversário esclarecido e com jogadores empenhados na estratégia e surpreendendo pela falta de erros na sua manobra.

©VSPORTS

Os golos surgiram de forma natural e deram forma ao sistema eficaz que a equipa deixava em campo. Foi este sistema que também mostrou as deficiências do Vitória, que não encontrou antídoto para reagir à vantagem que o Gil Vicente ia acumulando.

O Vitória só se mostrava por Rochinha, lutador, herói, inconformado mas isolado numa equipa adormecida, nervosa e sem um chefe, perdida em campo. Aliás foi Rochinha que encurtou a diferença de golos, e com um golaço, colocou o resultado em 1-2 que abria ténues esperanças de constituir um lenitivo para uma reviravolta que não aconteceu. O Gil Vicente foi adiando o 3-1 que haveria de acontecer numa grande penalidade que Ouattara cometeu de forma imprevidente.

Depois do intervalo, os gilistas ajudaram ao espectáculo porque a segunda parte foi bem disputada, animada pelos golos marcados e pelos golos falhados. André André falhou uma grande penalidade apenas porque resolveu deixar que o nervoso que mostrou durante a partida o dominasse, rematando para a esquerda do guarda-redes quando o faz de forma impecável para a direita. E que resulta, sempre em golos.

© LPFP LUSA

O Gil Vicente nunca perdeu o norte, utilizou o mesmo sistema de jogar simples e rápido, insistiu no contra-ataque e podia ter marcado mais golos, não fora a incompetência dos seus avançados. O Vitória com 10 jogou melhor do que com 11, mostrou mais garra, foi mais rápido, consistente e contribuiu para uma 2ª parte intensa e agradável.

Notas de um jogo com duas partes:

  • O Gil Vicente tornou o Vitória numa equipa vulgar e sem garra e com 55% de posse de bola, na 1ª parte, marcou três golos, fez oito remates dos quais três com sucesso visaram a baliza de Bruno Varela;
  • O Vitória da 2ª parte jogou com 10 e não precisou de Mumin, pela garra que demonstrou, imitando o seu adversário com um jogo mais aberto e menos preso;
  • Rochinha foi o jogador em evidência, empurrando para a frente, assumindo a revolta e liderando a equipa, durante os 90’, que continuou amorfa e não o secundou;
  • André André apesar de, também ter, em alguns momentos, mostrado que podia levar a equipa para a frente, entregando a bola a Rochinha, evidenciou o nervosismo de que nunca se libertou ao rematar, no penalti, para o lado esquerdo do guarda-redes quando o faz com eficácia para o lado direito; 
  • João Henriques tem de exigir que a equipa se atreva, com um futebol simples, de contra-ataque, aproveitando toda a extensão do relvado, pois, essa é a melhor solução para a equipa;
  • A velocidade tem de passar a ser uma arma do Vitória em vez de deixar a equipa entreter-se com a bola na sua intermediária com um impensável número de passos para a lado;
  • O golo de Rochinha resultou da mais longa jogada construída pela equipa, e dá gosto vê-la repetida;
  • Azar dirão uns tantos, sobre o segundo golo do Gil Vicente, pois Lourency rematou no chão e em desequilíbrio; também no segundo golo a bola passou entre as pernas de Mensah e de Suliman, no mesmo lance;

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