Um Vitória organizado, liberto de fantasmas, fez um jogo equilibrado no Dragão mas foi traído por um dos vários erros de Mumin.
Foi figura de destaque na defesa do Vitória, no início do campeonato. Agora, comete erros sucessivos, alguns injustificados. O que se passa com Mumin? É o central que deixou Marega, atrás de si e do lado exterior, optasse por mudar de direcção e pela esquerda, ultrapassou-o, tomou conta da bola e marcou o único golo da partida.
Foi um erro de palmatória, num lance em que Marega voltou a demonstrar faro pelo golo. Mas Mumin repetiu as asneiras e já quase no fim do jogo pontapeou a bola para a sua área, onde apareceu Luis Díaz a proporcionar uma boa defesa a Bruno Varela. Nos três minutos finais, Mumin meteu o braço à bola que o árbitro não considerou falta para grande penalidade, uma forma estranha de abordar o lance, numa noite em que o defesa se distinguiu pelos erros sucessivos.
De resto, o guarda-redes vitoriano brilhou várias vezes com intervenções que emagreceram o resultado do jogo, recuperando a forma e mostrando ser dono da baliza.
A partida começou com um Vitória espalhado pelo relvado, jogando de forma harmoniosa e com organização, sem posse excessiva de bola, deixando fluir o jogo, equilibrando as acções ofensivas.
Edwards foi o primeiro a criar perigo, aos 8’, quando cruzou já perto da baliza. Óscar esticou-se e não chegou a tempo e depois Sacko ao segundo poste também foi impedido por uma defesa portista de fazer o golo.
O Vitória mostrava-se diferente, com uma dinâmica maior, passes acertados, velocidade na hora de sair da sua intermediária para chegar ao meio campo do adversário.
Depois do intervalo, surge o golo do Porto, o Vitória reaparece menos esclarecido mas entregando-se ao jogo, com Varela a negar a Marega outras oportunidades de marcar.
Depois das substituições, o Vitória perdeu um pouco o norte, recuperou-o mais à frente quando Sacko recebeu a bola, com estilo e classe, dentro da área portista, dominou-a mas deixou, logo a seguir, que um defesa o impedisse de rematar quando estava só com Marchesín.
O Porto ainda teve um remate ao poste, numa confusão na área mas o Vitória seguraria a diferença mínima, não defendendo dentro da sua intermediária, esticando o jogo como deve fazer com os jogadores que tem.
© VSC LPFP
O Vitória jogou com: Bruno Varela, Sacko, Jorge Fernandes, Abdul Mumin, Mensah, André André (Mikel Agu 79’), André Amaro, Pepelu (Janvier 86’), Marcus Edwards (Rúben Lameiras 64’), Rochinha (André Almeida 64’), Óscar Estupiñán (Noah Holm 79’).
Notas de um jogo manchado por erros individuais:
- Mumin, foi o exemplo do disparate, sucessivo e com consequências para a equipa e no único golo do adversário. Tanto prometeu no início de época que se revela agora displicente;
- O Vitória joga mais solto no estilo que Bino quer impôr, numa postura que se adapta mais aos jogadores;
- A derrota por um golo apenas, deixa um sinal, de recuperação, apesar do desacerto de Mumin, que esteve mal ao lado dos seus colegas de defesa, mostra uma equipa rejuvenescida e que promete mais;
- André Amaro continua a não comprometer entre os três centrais e com serenidade e personalidade não teme estar entre outros jogadores mais experientes;
- Bruno Varela parece regressado, já que as suas intervenções impediram um resultado mais robusto a favor do Porto;
- Nota positiva, apesar de tudo, para uma actuação global que permite aos jogadores assumirem uma maior criatividade e liberdade na condução do jogo, sobretudo afastando o adversário da sua intermediária;
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