O triunfo na Madeira reforça um Vitória mais tranquilo que se notou a partir da última jornada quando ganhou ao Famalicão.
E esse (novo) Vitória funda-se num onze estabilizado, em que todos os jogadores estão em campo mais de 60’ – as substituições têm agora critério e dão confiança a quem entra e quem sai.
A tranquilidade de estar em campo, sem a consciência pesada, de maus resultados e exibições, que substituições a esmo davam a entender, motivou os jogadores.
Vê-se, a olho nu, que a equipa estende-se mais pelo meio campo contrário, comprime o adversário e tende a ser mais perigosa, criando oportunidades para marcar.
Nestes últimos dois jogos, foi isso que se viu num Vitória em que o treinador se sentiu mais confortado, mais ciente das suas opções, concentrando-se no que tem de fazer e não se perturbando com resultados diferentes daqueles que o Vitória almeja.
Bruno Varela viu coroado de êxito o seu labor de evitar golos do adversário, alguns jogadores cresceram de rendimento – e agora é só esperar por um aumento de produtividade em golos – sendo evidente que a equipa se encontrou.
Agora percebe-se melhor, visto da bancada ou do sofá, o estilo de jogo que o Vitória parece ter. Deixou de viver numa camisa de força e os jogadores passaram a desempenhar a sua função com mais liberdade e responsabilidade, esperando que o tempo faça justiça como aconteceu com o golo de Nicolas Janvier obtido num remate imaculado e concluído numa jogada construída com serenidade.
Aqui o valor individual do francês apareceu no momento certo para desfazer a igualdade que se registava no marcador.
É claro que a exibição foi mais consistente, houve frenesim no ataque com aquele remate de Oscar Estupiñan ao poste e serenidade na baliza quando Bruno Varela logrou as más intenções dos atacantes do Marítimo.
📸 LPFP
E Pepa evidenciou a serenidade que um treinador tem de demonstrar na orientação da equipa, tomando as decisões certas no momento certo. Tal como alguns jogadores que mostraram outro rendimento.
Com a equipa – e o treinador – no lugar, a estabilidade permitirá outros resultados. Os jogadores fazem o que devem fazer – conquistam resultados construídos com boas exibições, sem medo de represálias e com a tranquilidade fundamental em que o futebol assenta.
Sem errar, o Vitória pode esperar que os adversários tropecem de modo a somar pontos sucessivos que sustentem a equipa numa classificação mais conforme com o que todos desejam em Guimarães.
Finalmente, sentiu-se a tranquilidade que é a base dos sucessos que se podem ter no futebol.
O Vitória alinhou com: Bruno Varela, Miguel Maga, Abdul Mumin, Jorge Fernandes, Rafa Soares, Alfa Semedo, André Almeida (Ibrahima Bamba 94’), Rúben Lameiras (Geny Catamo 75’), Tiago Silva (Nicolas Janvier 75’), Rochinha (Bruno Duarte 86’), Oscar Estupiñan (Ricardo Quaresma 86’).
Amarelos: Tiago Silva (58’), Miguel Maga (72’), Ricardo Quaresma (89’).
Golos: Nicolas Janvier (82’).
📸 Vitória SC
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