A estudante Maria Inês Monteiro, da Universidade do Minho, venceu a 10ª edição do ‘Prémio APREN’, promovida pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis, por apresentar a melhor dissertação nacional de mestrado nesta área no último ano.
No seu trabalho, a autora desenvolveu uma tecnologia que pode tornar as baterias de lítio mais seguras, ao introduzir-lhes esferas minúsculas que se expandem com o calor. Quando estas esferas atingem uma temperatura perigosa (90ºC), dilatam e fazem a bateria desligar-se, evitando assim riscos de incêndio ou explosão. Barata e fácil de aplicar, esta ‘protecção térmica’ apresentou bons resultados nos testes laboratoriais, mesmo com pequenas quantidades daquelas esferas, e abre caminho para baterias mais seguras em telemóveis, carros eléctricos e outros dispositivos do dia-a-dia.
“Quando me distinguiram com o 1º lugar senti-me muito grata e motivada.”
“Candidatei-me a esta edição após ver a informação nas plataformas digitais e ter chegado à fase final já foi um enorme reconhecimento, por isso quando me distinguiram com o 1º lugar senti-me muito grata e motivada a continuar a fazer o que gosto, contribuindo para a valorização da inovação e da investigação”, disse Maria Inês Monteiro, que recebeu 4000€ de prémio, numa cerimónia na Culturgest, em Lisboa. O seu estudo “integra soluções de auto-monitorização e resposta activa a fugas térmicas, um dos principais factores de risco associados às baterias, contribuindo assim para reforçar a segurança e a sustentabilidade no sector energético”.
União Europeia aposta nas baterias inteligentes
Maria Inês Monteiro realizou a sua tese ‘Novos eléctrodos para baterias de ião de lítio com propriedades de thermal shutdown’ no âmbito do mestrado em Técnicas de Caracterização e Análise Química da Escola de Ciências da UMinho (ECUM), sob orientação de Renato Gonçalves (Centro de Química) e Carlos Costa (Centro de Física). Actualmente, frequenta o doutoramento em Engenharia de Materiais da UMinho e investiga no Centro de Física. A sua pesquisa enquadra-se também no plano estratégico ‘Battery 2030+’ da Comissão Europeia, que visa desenvolver baterias de próxima geração e tornar a Europa líder mundial em tecnologias de armazenamento de energia no final da década.

O ‘Prémio APREN’ tem mais de uma dezena de entidades representadas no júri e destaca anualmente as melhores dissertações de mestrado no âmbito de energias renováveis, redes de transporte e distribuição de energia, produção descentralizada e soluções de armazenamento energético, com o objectivo de promover a descarbonização e a eficiência energética. A distinção de Maria Inês Monteiro reafirma também o compromisso da ECUM com a excelência científica e a formação de investigadores que impulsionam a inovação e a sustentabilidade nesta área.
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