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Sábado, Abril 20, 2024

Liga: presidente reage a deliberação de Tribunal e Vitória quer clarificação

O presidente da Liga Portugal resolveu contestar a decisão do Tribunal da Relação que anula uma multa de 750€ aplicada pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto a um adepto do Vitória.


A direcção do Vitória pediu a Pedro Proença que clarifique a sua reacção e os seus comentários à decisão do Tribunal da Relação de Guimarães que iliba um sócio do Vitória no caso Marega.

Classificando de estranha a posição do presidente da Liga por uma decisão judicial que não valida uma multa aplicada a um adepto do Vitória, a direcção de Pinto Lisboa ficou atónita por ver Pedro Proença a clamar pelo “combate a todas as formas de violência, racismo e intolerância” sem cuidar de perceber que a decisão de uma autoridade administrativa não observa a garantia total da defesa dos arguidos, neste caso, ridicularizados por uma condenação baseada no facto de um adepto do Vitória ter a cara encoberta por um capuz. Apenas por isso.

Com o seu clamor, Pedro Proença deixa entender que os excessos do futebol são combatidos por decisões arbitrárias, de autoridades que aplicam sanções por regulamentos futebolísticos não conformes os princípios de direito, como é sabido.

A direcção do Vitória sublinha que não “é levantada qualquer suspeita sobre eventuais comportamentos discriminatórios por parte do adepto do Vitória, estando somente em apreciação um gesto que a APCVD julgou como de ocultação de identidade e que o Tribunal não validou, anulando a multa aplicada”.

Com base nestes factos, a direcção do Vitória não entende a reacção do presidente da Liga, quando cataloga a decisão do Tribunal de “incompreensível e lamentável”, registando o tom enérgico de Proença ao ponto de clamar pelo “combate a todas as formas de violência, racismo e intolerância”, e “despertando associações que nada têm que ver com o processo em causa”.

“O presidente da Liga Portugal desrespeita, com este tipo de intervenções, o princípio da separação de poderes…”

E pede uma “clarificação das suas declarações”, pois, com esta atitude “o presidente da Liga Portugal desrespeita, com este tipo de intervenções, o princípio da separação de poderes, servindo-se do julgamento de um acto que em si mesmo é absolutamente inócuo e comum a todos os estádios e pavilhões e a todos os desportos para reacender a discussão do caso Marega com referências que não podem deixar de ser entendidas como uma pressão para extrair punições”.

O facto de esta repulsa de Proença pela decisão de um Tribunal, ocorrer a dias de um jogo entre o Vitória SC e o Porto, a direcção retira deste posicionamento é “o inegável contributo que ela produz para a legitimação de preconceitos e generalizações, que são o combustível de intervenções desproporcionadas como aquela a que recentemente assistimos por parte das forças policiais sobre adeptos do Vitória e que o clube denunciou e documentou como um excesso e uma arbitrariedade, então perante o silêncio, que agora deduzimos cúmplice, da Liga Portugal e do seu presidente”.

“O Vitória Sport Clube esteve e estará na linha da frente para erradicar a violência do desporto, o que em momento algum pode ser confundido com purgas, estigmas ou punições selectivas” – refere o comunicado.

Por fim, a direcção entende, pois, que “é urgente que o presidente da Liga Portugal esclareça o seu posicionamento, sob pena de parecer até ridícula a indignação pela absolvição de uma multa de 750 euros a um adepto quando sobre o futebol português pendem suspeitas que afectam a integridade das suas competições” – conclui.

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